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Mauá deve R$ 355 mil a empresa de rádios comunicadores da GCM

Oficiais relatam que têm utilizado os próprios celulares para o serviço nas ruas; edital para contratação de novo prestador foi revogado pela gestão

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
06/12/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A Prefeitura de Mauá acumula dívida de R$ 355,3 mil com a empresa Inter Telecom, de São Caetano, contratada por meio da licitação 2015/148 para fornecer locação de sistema de comunicação digital de transmissão de voz e dados destinados à Secretaria de Segurança Pública. De acordo com Portal da Transparência, existem dois pagamentos em aberto, com vencimentos em 3 e 31 de março deste ano. A empresa foi procurada, mas não quis comentar.

Os integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) de Mauá seguem com problemas de comunicação, o que atrapalha o atendimento de ocorrências e chamados de reforço, se houver necessidade. Os oficiais afirmam que, não raro, têm usado o próprio celular para o trabalho.

Em 22 de novembro, o Diário denunciou que os guardas também alegam que estão pagando do próprio bolso o combustível e a manutenção das viaturas, além de reclamarem da precariedade no exercício de suas funções. Sobre o pagamento de combustível com recursos dos oficiais, a administração negou.

Agentes ouvidos sob condição de anonimato reclamam da falta de condições para executar o seu trabalho adequadamente. Um guarda, que está há cerca de 20 anos na corporação, afirmou que o problema com os comunicadores é antigo, mas que tem piorado nos últimos meses. “Os rádios continuam ruins e quem está trabalhando nessa área hoje está sofrendo com a mudança da central que ficava no Jardim Zaíra para o Centro. Falta ventilação, sanitário próximo da sala, é um descaso”, protestou outro servidor.

A administração municipal chegou a lançar edital para contratação de empresa que presta o serviço de rádio (não só para GCM, mas também para saúde, defesa civil e trânsito), mas o certame foi revogado. Em nota, a Prefeitura de Mauá informou que a revogação do edital sobre a contratação da empresa foi por motivo de alteração do termo de referência, por orientação do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), estando, assim, em análise. Com relação ao atraso nos repasses para a empresa Inter Telecom, a administração alegou que se deve à ordem cronológica de pagamentos.

Em relação à falha na comunicação, a administração esclareceu que a instabilidade se deu pela transferência que saiu do comando da GCM de Mauá para o prédio da Secretaria de Educação na região central, onde será o CCO (Centro de Controle Operacional). “No espaço, haverá monitoramento dos equipamentos públicos, junto à comunicação da defesa civil, da Secretaria de Trânsito, do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), ou seja, será um centro integrado de operações. Portanto, houve ajustes nesta transferência e estamos passando por adaptações de um local ao outro”, esclareceu, em nota. 




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