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Servidores prometem parar posto de saúde de Sto.André
Por Cláudia Fernandes
Do Diário do Grande ABC
05/06/2005 | 07:49
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O Sindiserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André) ameaça paralisar parcialmente uma unidade de saúde neste domingo e a garagem municipal nesta segunda-feira. A manifestação faz parte das paralisações pipoca iniciadas sexta-feira com os funcionários do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) como forma de pressão para obtenção de reajustes salariais.

Jaime de Almeida, da direção do sindicato, percorreu os serviços públicos da cidade durante todo o dia de sábado para mobilizar os funcionários. A intenção é fazer paradas diárias de algumas horas nos diversos segmentos. O sindicalista não quis revelar qual unidade de saúde poderá ser atingida neste domingo. Mas nesta segunda-feira, a intenção é interromper os serviços gerais da garagem municipal, onde trabalham cerca de 600 funcionários na manutenção de vias e equipamentos públicos.

"Historicamente, os setores operacionais aderem mais rapidamente a mobilizações. Mas, se as negociações com a comissão da Prefeitura não avançarem, precisaremos também do apoio dos setores da Educação, da Saúde e de outros, em conjunto", afirmou o diretor do Sindiserv.

Na sexta-feira, três centros operacionais do Semasa só funcionaram com 10% de suas capacidades. Aproximadamente 2,5 mil moradores do Parque Andreense e Recreio da Borda do Campo, e duas escolas e um posto de saúde nos dois bairros, todos abastecidos com caminhões-tanque, ficaram sem água. No fim do dia, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu liminar obrigando a manutenção do serviço de 60%  da autarquia.

"Não concordamos com o índice da Justiça. Se os funcionários do Semasa quiserem fazer outra mobilização, vamos apoiá-los", disse Jaime Almeida. Em caso de não-cumprimento da ordem da juíza Dora Vaz Trevino, o sindicato deverá pagar multa diária de R$ 50 mil.

  Nesta segunda-feira às 14h, o Sindiserv se reúne com a comissão da Prefeitura para nova rodada de negociação. Desde o início de maio, o sindicato reivindica  reajuste de 47,31% para todo o funcionalismo, índice relativo a perdas salariais desde 1997. Na semana passada, a administração  negou o reajuste, assim como todas as outras 75 reivindicações da pauta dos servidores.

Os guardas municipais reivindicavam negociação paralela à do funcionalismo. Eles alegam que, além do reajuste nos salários, é imprecindível a melhoria de condições de trabalho e aquisição de equipamentos de segurança. Pedido que também não foi atendido pela administração.

Nova assembléia está marcada para quinta-feira. Caso Prefeitura e categoria não entrem em acordo, os funcionários prometem recorrer ao último recurso, greve geral, programada para começar dia 15.




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