Velocidade é algo que deslumbra muita gente. O ronco ensurdecedor dos motores é tão bom que praticamente vicia os fãs do automobilismo. Pena que junto com esse som venha o tilintar das máquinas registradoras que fazem o bolso do amante da velocidade ir de R$ 100 a zero em poucas horas.

"Acho bem difícil gastar menos de R$ 100 por dia na Fórmula Indy", diz o advogado e tesoureiro da OAB de Santo André, José Luiz Ribas. Amante das corridas com dez GPs de Fórmula 1 no currículo, foi rapidamente conquistado pela Indy. De partida para a sua quarta corrida no circuito do Anhembi, Ribas diz que disputa a pole position na hora de comprar ingressos. "Tanto na Indy quanto na F-1, compro assim que abrem as vendas, assim garanto preços melhores", diz. Na Indy, os valores variam entre R$ 110 e R$ 900. Tanto os ingressos mais caros como os mais baratos já estão esgotados. Ainda há opções na faixa de R$ 300. Além disso, o fã da alta velocidade tem que contabilizar estacionamento ou transporte e alimentação. Para se ter ideia, uma latinha de refrigerante custa R$ 5 dentro do circuito. O preço do estacionamento também não fica para trás.

"No primeiro ano fui de trem e metrô. Depois descobri que, pelo preço, é melhor pagar estacionamento que, ano passado, custou R$ 30 a diária", aconselha Ribas. "A dica é ir cedo para poder aproveitar o dia todo", completa José Lucimar Gomes, 45 anos, também de Santo André. Entusiasta da fórmula Indy desde sua chegada a São Paulo em 2010, Gomes acredita que o gasto médio fica, por dia, por pessoa, algo entre R$ 100 e R$ 150.

Quem quiser economizar pode levar alguma coisa para comer ou beber, mas como são muitas horas, o calor esquenta a bebida e pode deteriorar a comida. "A graça está em acompanhar o que acontece na pista confraternizando com os amigos entre uma cervejinha e um espetinho", observa Gomes. A bebida com o quitute dentro do recinto da corrida sai por R$ 12 (veja arte acima). Fora, tudo é possível e os ambulantes seguem a regra de maximizar o lucro.