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Câmara vota benefícios a aposentados após a folia do Carnaval
Por Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
22/02/2009 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Com novo presidente, após a eleição de Michel Temer (PMDB-SP), a Câmara dos Deputados deverá após o Carnaval agilizar a pauta de votações e definir o destino de algumas matérias polêmicas que tramitam há tempos na Casa. Entre as prioridades estão projetos que deverão beneficiar aposentados e pensionistas.

Segundo o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), um dos projetos que serão votados é o que estabelece o fim do fator previdenciário para aposentados, calculado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que determina, entre outras coisas, que quanto maior a expectativa de vida, menores os valores das aposentadorias.

A equação usada atualmente reduz a quantia do benefício. "O projeto que extingue o maldito fator previdenciário já foi aprovado pelo senado e pela Comissão de Seguridade Social da Câmara. Não podemos virar as costas para esse problema, que é só brasileiro, não tem nada a ver com crise mundial nenhuma. A Previdência paga 26 milhões de benefícios, dos quais 11 milhões não são previdenciários, e sim assistenciais. Quem tem que pagar isso é o Tesouro e não a Previdência. O aposentado não pode pagar o pato", disse o deputado.

Outra votação fundamental, segundo o petebista, é o repasse automático dos reajustes do salário mínimo às aposentadorias. O governo federal afirma que não haverá recursos orçamentários suficientes para que isso aconteça, da ordem de R$ 27 bilhões. "O que incomoda é ver como o presidente Lula está tratando com pouco caso, ou mesmo descaso, a situação dos aposentados e pensionistas no País. A previsão de reajuste no orçamento era de 6,22% e o aprovado foi 5,92%, bem inferior do que havia sido pedido e bem longe dos 12,3% destinados ao salário mínimo. Essa crise ninguém comenta," disse o parlamentar.

Crise - Arnaldo Faria de Sá ainda afirmou que a Câmara pretende criar uma comissão para debater os vários níveis da crise, como ela atingiu os diversos setores e que medidas podem ser tomadas para que ela não breque a economia nacional. Isso também deverá ser feito logo após o Carnaval. "A situação do setor automobilístico é um dos pontos mais críticos e de difícil solução. A região do Grande ABC, infelizmente, está passando por isso".




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