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Políticos do PT negam acusações
Por Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande ABC
19/07/2005 | 08:38
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O vereador Edgar Nóbrega e o ex-vereador Hamilton Lacerda, ambos petistas de São Caetano, negaram acusações publicadas no último domingo na imprensa. A reportagem levanta a possibilidade de a Associação Politeuo Rede Local de Economia Solidária – fundada por Nóbrega – ter sido utilizada para financiar campanhas eleitorais do PT.

Para Nóbrega, essa é uma história que um amigo contou. "Porque você sabe que são os amigos que contam as histórias, já que os inimigos não as conhecem", disse. Segundo o petista, há total tranqüilidade em relação ao tema e ao que a entidade fez. "Durante três anos presidi a Politeuo e afirmo que fizemos contratos não só com o PT, mas também com sindicatos ligados à Força Sindical."

O vereador acrescentou que desde a fundação da Politeuo, em 1999, o desempenho da mesma é ligado somente ao fomento de atividades de "elevação da cidadania".

A atual presidente, Maria de Fátima Fonseca – cunhada de Lacerda e namorada de Nóbrega – está à frente da entidade há dois meses e disse que desenvolve projetos de geração de trabalho e renda. "Alguns são ligados a programas do Ministério de Trabalho, prefeituras e sindicatos. Não tem nada disso que a reportagem publicou." Ela garante que o Politeuo não tem fins lucrativos e o custo cobrado pelos projetos é gasto com o aparato técnico dos cursos, concedidos gratuitamente.

Lacerda – que é coordenador da macrorregião do PT – também saiu em defesa da entidade. "Isso não procede. A Politeuo trabalha a partir de contratos e, do posto de vista de mercado, o custo cobrado por ela não possibilitaria sobras para aplicar em outras coisas", disse. Ele acrescentou que o fato de a Politeuo ter se transformado recentemente em uma OSIP (Organização Social de Interesse Público) já determina que é apartidária, sem fins econômicos, sem vínculos religiosos e com objetivos sociais. "Isso também confere à associação a possibilidade de firmar contrato sem licitação", explicou.

Questionado sobre o fato de o contrato de 2003 com a Prefeitura de Santo André – de R$ 762 mil para capacitação de pequenos empreendedores – ter sido fechado com dispensa de licitação pelo artigo de "notória especialização", Lacerda disse: "Tem pouquíssimas instituições que fazem esse trabalho".

O ex-vereador confeccionou uma cartilha eletrônica, em dezembro de 2001, em parceria com a Politeuo sobre o ano do voluntariado.

Em nota enviada pela diretoria da associação, os representantes repudiam "as informações veiculadas junto à grande imprensa de que suas finanças são base para arrecadação e financiamento de campanha". Informa ainda que todos os trabalhos obedeceram rigorosamente pela legislação vigente, assim como as especificações técnicas que cada um exigiu.




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