Artigo

Alea jacta est

A sorte está lançada! Canso de ouvir pela cidade de São Caetano que Luiz Olinto Tortorello elegeria até mesmo um poste para sucedê-lo. A bem da verdade, grande governante como foi o saudoso prefeito Tortorello (morto em 2004), deixou legado invejável para os munícipes são-caetanenses: Educação de ótima qualidade, índices criminais baixíssimos, Saúde de primeiro mundo, um dos melhores IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano) do Brasil e até mesmo o Azulão (AD São Caetano) pegou carona e estava entre os times de elite do futebol nacional, além de investimentos no esporte amador, entre outros. Ora, com tudo isso de bom, e mais alguma coisa que minha memória não me permite citar agora, até mesmo um poste poderia governar a cidade durante um período de tempo.

Creio que como nossas escolas já não despontam entre as melhores do Brasil, talvez, apenas talvez, não se ensine mais que nazistas não lutavam em guerras de guerrilha, que quem lutava em guerras de guerrilha eram homens e mulheres que queriam libertar suas pátrias das garras afiadas de ultranacionalistas ditadores, como Adolf Hitler e Benito Mussolini, tais como as Resistências Francesas, os Maquis, e Italianas ou o exército Partisan nos Balcãs.

Também nos ensinavam nas escolas que democracia é o sistema de governo do povo, pelo povo e para o povo (Abraham Lincoln); que em uma democracia o povo tem o direito de escolher seus governantes, livremente, sem pressões, sem mentiras, sem autoritarismo, imperialismo. Todos os candidatos ao pleito devem, acima de tudo, ter respeito pelo eleitor. E creio, afinal vivo em um País democrático, mesmo que muitos não acreditem nisso, que faz parte desse relacionamento interpessoal povo-eleitor e povo-candidato o respeito à escolha do candidato que mais lhe agrade (mesmo que não seja o nosso), a sagrada decisão terminal do voto secreto.

Num sistema democrático, as pessoas têm, inclusive, o direito de não querer aparecer, pelo simples fato de não querer se expor ou simplesmente por medo. Medo de perseguições políticas ou de perder o emprego. Falando de ‘aliados ocultos', como a história é cíclica, corremos o risco de em um futuro brevíssimo ouvirmos lamentos pelos corredores do palácio, balbuciados como Caio Julio Cesar: ‘Et tu, Brute?'.

Robinson Castropil é capitão da Polícia Militar de São Bernardo.        

Palavra do Leitor

Ademir Medici

Ademir Medici não só merece nossos aplausos por manter a coluna Memória durante 25 anos ininterruptos neste Diário, como também o reconhecimento pela meritória e indispensável tarefa em difundir e muito contribuir com a preservação da memória regional, da qual é seu mais fiel guardião. O Fórum Permanente de Debates Culturais, que há seis anos debate e promove ações voltadas às questões culturais no Grande ABC, não poderia deixar de, unindo-se às outras vozes que já se manifestaram, também louvar o fato e parabenizar Ademir por sua admirável persistência, envolvimento, compromisso e dedicação integral a todas as questões que envolvem nossa memória, assunto que, via de regra, é negligenciado pelas políticas públicas locais.

Dalila Teles Veras, Santo André

Lado mau

Nós somos campeões mundiais de futebol, vôlei e outras modalidades, o que nos orgulha muito. Porém, existem alguns títulos que nos envergonham. Somos campeões mundiais na violência urbana e recentemente conquistamos outro título: somos também os maiores consumidores de crack do planeta! Estamos prestes a conquistar algo totalmente inédito, vamos matar mais gente no trânsito do que a soma de todas as mortes por outros motivos juntas! Estamos nos tornando imbatíveis em tudo o que não presta. Para onde caminha esta Nação? O que nos aguarda no futuro? Há 50 anos eu ouvia dizer que o Brasil era o País do futuro. De qual futuro estavam falando?

Antônio Carlos Guertas, São Bernardo

Lei Eleitoral

Os candidatos a vereador, principalmente, estão dando banho de mau exemplo, emporcalhando Santo André. Não bastasse a Justiça não dispor de aparelhos de exclusão sumária dessas candidaturas, podemos ter de volta os velhos rejeitados em 2008, mais os novos seguidores de chacais da política sórdida de Brasília. Para nossa desgraça, também todos os atuais edis, em término de mandato, malgrado tenham composto o Legislativo andreense, transformando-o num porão escuro, de costas para o social, têm a cara de pau de pedir voto para reeleição, contando com a sonolência do eleitorado. Para uma cadeira vale tudo o que é proibido: placas na grama, árvores, postes, sinaleiros, canteiros centrais, muros em geral, esquinas etc. Está fácil para saber em quem não votar!

Paulo Rogério Bolas, Santo André

Armadilha

Buracos de tampas de esgoto no meio de avenidas em Mauá são armadilhas! Caí com meu automóvel em um desses! O pneu já era! Vamos ver se não tem mais prejuízo, como roda torta etc. Cuidado, a tampa está torta na Presidente Castelo Branco, no Jardim Zaíra, depois do Sesi, sentido Centro-bairro. E agora, quem paga os prejuízos?

Eduardo Zago, Mauá

Ministra

Marta brigou, esperneou e jurou que não apoiaria Haddad, pois tinha de ser ela a candidata à prefeitura de São Paulo. O chilique terminou cedo, pois Dilma, é lógico, comandada por Lula, presenteou-a com a Pasta da Cultura. Para isso, Dilma deu chute no traseiro na maninha do Chico Buarque que, diga-se de passagem, estava de enfeite como ministra. Agora a loura passeia pela cidade ao lado de Haddad, pedindo votos com a maior cara de pau. Nada contra, pois foi o povão que elegeu essa turma. Só nos resta relaxar e gozar!

Sérgio Dias Nunes, São Caetano