Enquanto as maiores seleções da América do Sul disputam a Copa América nos principais estádios do Brasil, longe dos holofotes começa amanhã a Copa Paulista, oportunidade dada pela Federação Paulista para manter em atividade clubes que não disputam as divisões do Campeonato Brasileiro. Os atrativos são as vagas na Série D do Nacional ou na Copa do Brasil, o campeão tem a preferência da escolha e o vice fica com a outra opção.

Por mais que seja desvalorizada por não existir nenhum tipo de cota para participar da competição, que também não é atrativa ao público e, por isso, acaba sendo deficitária, a Copa Paulista é vista como grande chance de muitos garotos que estouraram a idade para a categoria sub-20 e lutam por espaço. Para eles, é como se fosse uma Copa do Mundo.

O Santo André, que tem dois títulos, em 2003 e em 2014, terá elenco praticamente formado em casa. Serão apenas três jogadores profissionais contratados de fora. A meta é dar oportunidade aos jovens. “É a chance deles mostrarem seu valor e, quem sabe, se manter na equipe para a Série A-1 (do Pauilista) do ano que vem. Essa é nossa missão, dar oportunidade para os atletas do clube”, comentou o treinador José Carlos Palhavam.

Na região, o principal favorito é o Água Santa. A equipe de Diadema contratou 11 jogadores, ou seja, um time inteiro e a comissão técnica do Santo André. Juntos, no início de maio, conquistaram o título da Série A-2 estadual. “Talvez seja a Copa Paulista mais disputada dos últimos anos, com muitos clubes fortes, investimento alto. Mas estamos preparados para fazer uma boa competição”, garantiu o técnico do Netuno, Fernando Marchiori.

O São Caetano, que chega desmoralizado após o rebaixamento da Série A-1 para a Série A-2 do Paulista e pela recente eliminação logo na primeira fase do Brasileiro da Série D, quer usar o torneio para salvar o ano. O time segue sob o comando de Luiz Gabardo e também dará chance aos jovens. “Logo após a Série D analisamos os erros, corrigimos algumas questões e tentamos botar novas coisas em prática. Temos time jovem e com bastante intensidade”, analisou o técnico do Azulão.

Por fim, sem a presença do São Bernardo FC, que abriu mão da disputa, a cidade será representada pela primeira vez pelo EC São Bernardo, do técnico Régis Angeli, que comandou o Monte Azul no vice da Série A-3 do Paulista. “Sabemos que será difícil, tem equipes com grandes investimentos, como o Água Santa (adversário da estreia) e o São Caetano, mas estamos preparados”, garantiu ele, ontem, na apresentação oficial do elenco.