Setecidades Titulo Assistência social
Região intensifica ações para acolher moradores de rua

Juntas, Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires oferecem 580 vagas em albergues durante o período mais frio do ano

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
11/06/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A chegada do período mais frio do ano intensifica as ações voltadas às pessoas em situação de rua. Na região, a quantidade de vagas em albergues – que oferecem desde refeições, possibilidade de banho e troca de roupas até estadia durante a noite – foi ampliada de 475 para 580, somando os postos de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.

Santo André possui uma das maiores populações em situação de rua da região, com média de 360 pessoas. A cidade oferece 95 vagas em albergues, mas neste período entre outono e inverno – que começa no dia 21 – o atendimento é ampliado, chegando a 150 vagas para pernoite. Além disso, a administração destacou que nas noites mais geladas intensifica os serviços de abordagem social e do Centro POP (Centro Especializado de Referência para População em Situação de Rua). 

Em São Bernardo, a Secretaria de Assistência Social promove a Operação Cobertor que Salva no período de inverno. Com a medida, a quantidade de vagas para pernoite destinadas a pessoas em situação de rua é ampliada de 180 para 230. Outra ação citada é a intensificação das abordagens ao público por meio de rondas noturnas, com atuação de 16 educadores, além de quatro técnicos com formações em sociologia, serviço social e psicologia.

Diadema organiza a Operação Inverno, com atividades realizadas pelo Centro POP, que oferta 70 vagas em acolhimento noturno. No período de junho a setembro, a Prefeitura diz que articula ações entre as secretarias para potencializar a oferta de serviços aos moradores de rua.

A Secretaria de Promoção Social de Mauá iniciou a Operação Calor Humano, na qual funcionários abordam as pessoas em situação de rua e oferecem o acolhimento no albergue municipal. O serviço especializado atende, em média, 90 pessoas por mês. 

Ribeirão Pires destacou que possui convênio com a Associação Acolhida com Esperança da Grande São Paulo, conhecida como Casa da Acolhida.Trata-se de entidade com capacidade para receber até 40 pessoas. Além de dormir, elas podem se alimentar, tomar banho e participar de cuidados sociais, como emissão de documentos.

AJUDA

Por causa do fim de um casamento, Silvio Mario, 30 anos, precisou procurar albergue, em São Bernardo, para sobreviver. A situação já dura sete meses nessa rotina. “Durmo, almoço e janto todos os dias. Não tenho outra opção. Preciso daqui”, comenta. 

Para o vendedor de balas José Nogueira, 58, a vivência em albergue foi trampolim para recomeçar a vida, após enfrentar vício em drogas. “Hoje, só tomo café da manhã e almoço no albergue. Vendo balas no farol quase todos os dias e consigo pagar lugarzinho para dormir.”




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