A Prefeitura de Santo André identificou que a cidade conta com 1,6 milhão de cartões SUS (Sistema Único de Saúde) ativos. O número é mais do que o dobro da população da cidade, que conta com 716.409 pessoas, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A administração também encontrou 2,4 milhões de cadastros ativos, dos quais em ao menos 200 mil constam endereços de equipamentos públicos, como o CHM (Centro Hospitalar Municipal) ou a própria Prefeitura.

Os dados foram levantados durante o processo de informatização dos prontuários e dos sistemas de saúde, que está desde novembro do ano passado na fase de instalação de rede lógica nos 70 equipamentos da rede municipal. Após este período, serão mais 180 dias de operação para que seja efetivamente iniciado o prontuário eletrônico. Segundo a administração, o cruzamento de dados, chamado de higienização do cadastro, já avançou em 20% do total de registros de Cartão SUS.

“A gente não organiza (o sistema e a rede de atendimento) na cidade sem esse trabalho, que muitas vezes as pessoas não veem, mas é muito importante”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB), durante vistoria realizada ontem nas obras da Policlínica Vila Humaitá. “Queremos chegar ao fim deste processo com uma saúde totalmente informatizada, com a pessoa chegando em qualquer unidade tendo acesso ao cadastro com o nome do médico que a atendeu, ao tratamento que foi prescrito”, completou.

AMPLIAÇÃO

A previsão da administração é inaugurar a Policlínica Vila Humaitá em 30 de março. A reforma da unidade, que era uma UBS (Unidade Básica de Saúde) – foi fechada em agosto de 2017 –, vai ampliar a capacidade de atendimento de 6.500 ao mês para 10 mil. A unidade vai contar com clínico geral, pediatra, ginecologista, geriatra e dentista, além de equipe de Saúde da Família. “Aqui temos 95% da obra pronta, agora entramos na fase de mobiliário, contratação de equipe e ajustes finais”, afirmou o prefeito.

A policlínica será o 11º equipamento a ser entregue dentro do programa QualiSaúde, que inclui revitalização das unidades e qualificação do atendimento. A Prefeitura deve anunciar em abril segunda fase do programa. “Capacitar os profissionais é importante, mas também precisamos oferecer a estrutura adequada para eles trabalharem. Até para que a gente possa cobrar que eles façam o seu trabalho da melhor maneira possível”, concluiu Paulo Serra.