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Alvo, vereador mauaense parabeniza operação da PF

Adelto Cachorrão foi acusado pela polícia, mas elogiou ação: ‘Tem de moralizar mesmo’

Por Daniel Tossato
06/01/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Adelto Cachorrão (Avante), um dos 22 vereadores alvos da Operação Trato Feito, conduzida pela PF em dezembro, parabenizou a ação da polícia e afirmou que é preciso moralizar a política da cidade.

“Estou muito tranquilo. Quero aqui aproveitar e parabenizar a Polícia Federal pela ação, pois eu acho que tem que moralizar mesmo”, disse o parlamentar.

O nome de Cachorrão apareceu na lista do ex-secretário de Governo João Gaspar (PCdoB) como suposto receptador de Mensalinho pago pelo governo do prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB). Cachorrão teve de depor sobre a acusação da PF e negou qualquer irregularidade.

O vereador comentou que conversou com os colegas a respeito da operação e que todos apontaram inocência. “Sim, conversamos sobre o que ocorreu (no dia 13) e o que dá para sentir é que todos os vereadores estão tranquilos”, alegou.

Sobre seu caso, Cachorrão afirmou que a PF esteve em sua casa e que levou apenas seu celular. De seu gabinete, os agentes federais apreenderam um HD. “É preciso dizer também que não há provas de nada, de que houve isso ou aquilo. Eu estou muito tranquilo sobre isso.”

Questionado sobre a aparição de seu nome nas anotações de Gaspar – que, assim como Atila, está detido –, ele desconversou. “Ainda tenho que acessar os autos. Estou meio vendido quanto a isso. Só poderei responder melhor quando analisar os documentos.”

Dos atuais integrantes da legislatura, apenas os vereadores Marcelo Oliveira (PT) e Chico do Judô (Patriota) não foram alvo da Operação Trato Feito em dezembro. O primeiro por ter votado a favor do pedido de impeachment de Atila em maio, quando o socialista foi preso pela primeira vez – no âmbito da Operação Prato Feito –, e o segundo por ser secretário de Serviços Urbanos quando houve a análise da solicitação de cassação do chefe do Executivo afastado.

Na visão da PF, a ampla votação a favor de Atila nas avaliações do impedimento é uma prova de que o núcleo duro do governo mantinha esquema de pagamento de mesada aos parlamentares em troca de apoio no Legislativo. 




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