A festa do título brasileiro conquistado pelo Palmeiras foi teste para o coração do torcedor, inclusive para o do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que acompanhou seu time direto do Allianz Parque. Campeã antecipada, a equipe alviverde encontrou certa dificuldade para vencer, por 3 a 2, o já rebaixado Vitória, em casa. No entanto, ao término do compromisso, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari comemorou também recordes alcançados ao longo da competição.

Em conquista inquestionável, a equipe fechou o campeonato com os melhores ataque e defesa. Além disso, superou o próprio recorde de 2016 de maior número de pontos em um mesmo turno da história, válido desde 2006, quando 20 times participaram do Brasileirão. A despedida da equipe foi marcada ainda pelo público recorde em casa: 41.256 torcedores felizes da vida.

A vitória que levou o campeão nacional aos 80 pontos proporcionou, pela primeira vez em sua história, a chance de o Palmeiras disputar a Copa Libertadores pela quarta vez consecutiva. O Vitória, por sua vez, encerrou a competição com a pior campanha do clube em campeonatos de pontos corridos, na penúltima colocação com 37.

PARTIDA
A festa do Palmeiras começou antes mesmo de a bola rolar. Faixas com as cores verde, branca e vermelha preencheram as arquibancadas. Aconteceu ainda homenagem para o técnico Felipão, que teve seu rosto desenhado em bandeira.

Impulsionada pela torcida, a equipe alviverde começou bem a partida não dando espaço para o adversário – foram 65% de posse de bola. O gol, porém saiu apenas no fim da primeira etapa. Num cruzamento de Dudu, Edu Dracena aproveitou a falha da zaga adversária e cabeceou para o gol. No segundo tempo o Palmeiras ampliou o placar com Gustavo Scarpa em chute de fora da área.

O Vitória diminuiu aos 25 minutos, depois de um pênalti polêmico marcado pelo árbitro Heber Roberto Lopes. Yago cobrou e marcou. A equipe chegou ao empate dois minutos depois. Luan recebeu na entrada da área, girou sobre a marcação e bateu forte na saída de Weverton.

Após o empate, o time baiano ficou no ataque, mas quem chegou ao terceiro gol foram os anfitriões da festa, Guerra rolou para o capitão Bruno Henrique chutar forte na entrada da área. Vitória indiscutível.

Autor do gol do título do Palmeiras, na penúltima rodada, Deyverson é um dos símbolos da conquista. “É motivo de muita felicidade. Passamos por altos e baixos e essa torcida nos apoiou até o final. Sou a prova viva disso”, declarou.

Bolsonaro entrega taça de campeão
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) dividiu com o Palmeiras as atenções no Allianz Parque ontem, no jogo que encerrou a campanha do décimo título brasileiro da história do clube. Torcedor da equipe, ele foi convidado pela diretoria alviverde para ir à Arena, cumprimentou o técnico Luiz Felipe Scolari e os jogadores no vestiário antes da partida, e “quebrou o protocolo” da forte segurança montada para entregar a taça ao capitão Bruno Henrique.

“É um clima de festa, de libertar os sentimentos. Parabéns ao Palmeiras e a todos os torcedores do Brasil. É uma festa ímpar para mim. Gostaria de agradecer à diretoria por ter me convidado. Dizem que na democracia rodízio é bom, no futebol não”, falou Bolsonaro, para o SporTV, brincando sobre a supremacia do Palmeiras, que conquistou, pela segunda vez nos últimos três anos, o troféu de melhor do País.

O presidente eleito acompanhou a partida do camarote de número 411, da presidência do Palmeiras, localizado no quarto andar do Allianz. Ele foi recebido por Leila Pereira, dona da Crefisa (patrocinadora do time), antes de acenar para os torcedores presentes no estádio.

Durante o jogo, as manifestações da torcida em relação ao presidente eleito foram tímidas. Nas cadeiras abaixo do camarote onde ele estava, alguns fãs tentavam registrar pelo celular a presença do político.

(do Estadão Conteúdo)