A reunião nacional da APSC (Assembléia para a Promoção da Sociedade Civil cubana) termina neste sábado, num ambiente tranqüilo e sem presença policial. Os mais de 100 participantes do congresso iniciaram a sessão final entoando o hino nacional de Cuba. Depois analisaram os documentos finais do encontro.

A reunião também escolherá a nova diretoria da assembléia, uma organização dissidente presidida pela economista Marta Beatriz Roque. Roque foi a única mulher presa e condenada a 20 anos de prisão em março de 2003, junto com outros 74 opositores. No entanto, foi libertada em novembro passado por razões de saúde.

Como no primeiro dia da conferência, os participantes puderam chegar sem dificuldades ao auditório, localizado em Rio Verde, um subúrbio no sudoeste de Havana. O congresso "superou todas as nossas expectativas, apesar das dificuldades que enfrentamos com a polícia política", disse na tarde de sexta-feira Félix Bonne Carcassés, um dos organizadores.

Roque declarou: "estou certa de que esse congresso será um divisor de águas em Cuba. Conseguimos nos reunir, um direito até então negado pelo regime totalitário".