Preocupados com os registros de acidentes na Avenida do Taboão, em São Bernardo, moradores do local solicitam lombada eletrônica na altura do número 3.000. O pedido se deve ao fato de que motoristas trafegam pelo trecho em alta velocidade, independentemente de horário, o que amplia os riscos para a população.

Apesar de o local ter recebido melhorias no asfalto e colocação de divisão nas pistas, a via continua sendo ponto frequente de colisões entre veículos. O mais recente foi observado na segunda-feira à tarde, quando acidente entre um automóvel e uma motocicleta deixou o condutor da moto morto.

O vendedor Francisco Rodrigues, 55 anos, observou a movimentação após o acidente da janela do seu apartamento. Morador da avenida há três anos, ele diz que ainda se assusta com o número alto de batidas observadas no local. “Se colocassem uma lombada eletrônica aqui tenho certeza que reduziria 100% dos problemas. Quando pesa no bolso, a melhoria acontece”, afirma. 

O vendedor conta que um abaixo-assinado já foi feito pelos condôminos do prédio. “Depois das eleições nunca mais ouvimos falar da proposta de implantação da lombada.” Rodrigues também teme pelos pedestres e funcionários que atuam na avenida. “Acho perigoso, principalmente quando funcionários vem descarregar mudanças no prédio. Eles correm risco imenso por causa da velocidade que os carros passam ao lado”, lamenta.

Andarilho experiente na região, o pedreiro aposentado Josemar Agripino, 64, que mora no bairro Suíço há 20 anos, confirma a necessidade de medidas mais rígidas para conter a velocidade em que os carros passam pelo local. “Sempre que posso evito essa avenida. Nem ouso atravessar no meio da ladeira, sei que eles (veículos)

vêm igual carro sem freio. Aqui tem que olhar para os dois lados, para cima e para baixo antes de caminhar até a outra calçada”, comenta.

Um casal que mora na avenida, mas preferiu não se identificar, informou que ao menos cinco acidentes já foram vistos neste ano. “Há necessidade de mais fiscalização. Tivemos mais uma morte aqui e nenhuma providência”, diz o homem. 

A Prefeitura destacou que intervenções no local, como a lombada eletrônica, são objetos de estudos.