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Vôlei: Ricarda abandona a carreira e critica técnico
Por Das Agências
11/07/2002 | 00:36
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Ela está grávida e não voltará ao vôlei. Assim, Ricarda, ex-líbero da seleção brasileira, revelou parte dos motivos que, segundo ela, levaram várias atletas a pedirem dispensa ao técnico do Brasil, Marco Aurélio Motta. Playboy (“a seleção é seu brinquedo”), vingativo (“por isso não convoca Janina”) e incompetente (“não conhece o vôlei mundial e dá treinos fracos”) foram alguns dos adjetivos que Ricarda usou para definir o treinador.

Em crise, a seleção feminina vive a renovação mais radical de sua história. Após a péssima temporada em 2001 e o quinto lugar na Montreux Volley Masters, em junho, Érika, Raquel, Walewska, Fofão e Virna pediram dispensa – Elisângela foi cortada. Da equipe que foi bronze nos Jogos de Sydney, em 2000, só Karin continua no time que estréia nesta sexta no Grand Prix da Ásia, em Tóquio, contra a Alemanha.

Ricarda e outras jogadoras contaram a mesma história sobre a central Janina, bronze em Sydney, segunda melhor bloqueadora da Copa do Mundo de 99 e dona do melhor bloqueio nas Superligas 97/98, 98/99 e 2000/2001. Ela não é convocada por ter voltado ao Brasil, durante a disputa do último Grand Prix, sem a aprovação do técnico. Janina contundiu o joelho direito e o tratamento era cirúrgico.

“De fato, rolou discussão. Eu queria voltar. Ele, aguardar ordens da Confederação. Voltei, pois não jogaria o GP e tinha de resolver logo o problema. Graças a Deus, não operei”, contou Janina.

Segundo outra atleta que pediu anonimato, “tem muita menina novinha na seleção que gostaria de pedir dispensa, mas sente medo de perder uma chance única na vida”.

Outro lado– Marco Aurélio Motta diz que foi boicotado pelas atletas desde o início. No último GP, agüentou “indisciplina e afrontas”. Com o novo técnico, elas reclamavam de treinos fracos e da falta de um preparador físico – Marco Aurélio acumulava a função, mas a seleção conta com um preparador desde o início do ano. “Viu como não era esse o problema? É má vontade”, disse.

Segundo Ary Graça, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Érika, Raquel, Walewska e Fofão não souberam explicar os motivos para o pedido de dispensa. Virna alegou problemas particulares. “Elas criavam um clima ruim e isso é injusto com as novatas. Fica quem quer defender o Brasil”.




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