O corpo de uma mulher, ainda não identificada, foi encontrado, na manhã de ontem, na trilha do Cristal, em Paranapiacaba, Santo André. A investigação, registrada no 6º DP (Vila Mazzei), aguarda resultado da necrópsia para o reconhecimento da vítima, com idade entre 30 e 40 anos, o que deve acontecer em 20 dias.

O cadáver foi achado por grupo de jovens que realizava trilha na cidade e acionou as autoridades de Segurança ainda na terça-feira, feriado. No entanto, por falta de luz e por tratar-se de local de difícil acesso – considerada trilha ilegal – a polícia não pode dar continuidade nas buscas, voltando somente na manhã de ontem.

“Estávamos entre amigos, caminhando pela trilha, quando sentimos um cheiro muito forte. Ao nos aproximarmos vimos que se tratava de uma mulher. Encontramos um outro grupo que tinha um bombeiro como integrante. Ele foi até o corpo da mulher e observou que ela estava com o pescoço roxo”, detalhou a atendente Bruna Garcia, 22 anos. Bruna relata que o rapaz solicitou apoio da GCM, além de realizar chamado à polícia local.

A vítima chegou ao IML (Instituto Médico-Legal) por volta das 16h30 de ontem. De acordo com a delegada à frente do caso, Roberta Silva Aidar Franco, ainda é prematuro dizer o que pode ter ocasionado a morte. A equipe do Diário conversou também com investigador que acompanhou a perícia e, de acordo com ele, aparentemente o corpo já estava no local há muitos dias, tendo em vista que se encontrava em processo de decomposição, principalmente no rosto.

Até o momento a Polícia Civil não localizou boletim de ocorrência com registro de desaparecimento com informações que possam ser associadas ao corpo encontrado.

TRILHA
De acordo com a Prefeitura, a trilha do Cristal é irregular, localizada na divisa entre Santo André e Rio Grande da Serra, no entanto, bastante procurada por turistas, já que possibilita acesso ao Parque Estadual da Serra do Mar.

Em nota, a administração andreense justificou que “a trilha fica dentro de área particular”, e que por esse motivo, o acesso a ela é caracterizado como invasão. Neste caso, “cabe ao proprietário sinalizar e fiscalizar o local”, destacou em nota. A Secretaria de Meio Ambiente afirmou ainda que já notificou o responsável pela área sobre a necessidade de reforçar a sinalização. (colaboraram Bianca Barbosa e Tauana Marin)