Política Titulo Sem protestos
Sindema cita que processos movidos por Lauro e Márcio são lamentáveis, mas evita promover manifestações

Prefeito havia exigido 13º no ano em que travou embate com servidores

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/02/2018 | 07:00
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DGABC


O Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) criticou o prefeito Lauro Michels (PV) por tentar processar a própria Prefeitura, cobrando indenização de R$ 70 mil referente a 13º salários e férias da época em que foi vereador, entre 2009 e 2012. O caso foi revelado pelo Diário na segunda-feira.

A entidade, porém, evitou entrar em dividida sobre o assunto, mesmo tendo visto o governo local oferecer reajuste salarial zero ao funcionalismo no ano passado e de reclamar recentemente que o governo Lauro modificou o cálculo das férias de alguns servidores, fazendo com que os valores do holerite fossem diminuídos. Além disso, o prefeito também entrou em embate com o funcionalismo ao tentar modificar o estatuto dos servidores para restringir o acesso a direitos históricos da categoria.

“Eu não estou a par direito sobre o que se refere essa cobrança, mas a gente acha profundamente lamentável essa situação. A Prefeitura está devendo aos funcionários o reajuste (salarial) do ano passado, que não deram a (correção da) inflação. A administração do jeito que está e o prefeito cobrando uma coisa de 2012?”, avaliou o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno.

Assim como Lauro, o vice-prefeito Márcio da Farmácia (PV) também acionou o município exigindo os mesmos valores. Na quarta-feira, por conta da repercussão negativa, ambos decidiram desistir das ações – apenas as ações de Lauro constam como extintas no site do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Apesar da avaliação, a entidade sindical não mobilizou protestos contra as iniciativas da dupla.

Lauro Michels havia decidido processar o próprio município que administra, reivindicando direitos trabalhistas retroativos e não pagos na época em que foi vereador pelo segundo mandato, pelo PSDB. Duas ações foram movidas pelo verde por meio do advogado Bruno de Cesar Caires.

Os advogados do prefeito e do vice-prefeito falaram em injustiça e defenderam a legalidade do pleito, alegando que o direito foi reconhecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e atribuíram a desistência a “questões políticas locais”.
(Colaborou Humberto Domiciano). 




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