As campanhas eleitorais afloram os instintos mais primitivos nos políticos. A ponto de ataques pessoais e apelativos se tornarem corriqueiros. Mas, apurados os resultados das urnas e passados esses momentos de tensão, tudo volta ao normal gradativamente. Os inimigos viram apenas adversários. Os rivais podem, inclusive, se transformar em colegas. Em Diadema um caso concreto de aproximação entre pessoas de grupos diferentes tem intrigado muita gente. Débora de Carvalho Baptista, mulher do chefe do Executivo Mário Reali (PT), que perdeu a tentativa de reeleição, teria procurado aliados de Lauro Michels (PV), prefeito eleito, para se manter na Procuradoria Geral do município. O cargo é comissionado, com vencimentos maiores do que o de advogada do Paço, função em que é concursada. Na prática, ela estaria pulando do barco petista, que naufragou em outubro, para pegar carona na prancha do verde, que está na crista da onda. Resta saber se o surfista Lauro Michels vai deixá-la à deriva ou vai ajudar a dropar no tubo da futura administração. Façam suas apostas.

Virou moda

Ainda em Diadema, quem também pega carona na onda de outro político é o vereador João Merenda (PPS). O popular-socialista apresentou requerimento que sugere transferir a linha de trólebus da Avenida Antônio Piranga (que viraria calçadão comercial) para a Fábio Eduardo Ramos Esquível. A proposta foi apresentada pelo ex-prefeiturável Buiú (PMN) durante a campanha ao Paço. "É proposta muito boa, brilhante", alega Merenda.

Marajás

Ao menos dois assessores de uma importante cidade da região perderão o pomposo salário a partir de janeiro, pois o projeto de continuidade do grupo governista não vingou em outubro. Os vencimentos mensais variam entre R$ 30 mil e R$ 45 mil. Nada mal para servidores públicos, mas vai parar de pingar em breve...

Segunda leva

O prefeito eleito de Mauá, Donisete Braga (PT), anuncia hoje a segunda parte de seu secretariado. O ex-vice-prefeito Márcio Chaves não deve estar na lista, como tem sido cogitado. Mas não será surpresa para ninguém se o nome de Ramon Velásquez, ex-chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, for divulgado. Ele tem tido encontro com petistas locais influentes para voltar a atuar no Grande ABC, após trabalhar em Suzano.