O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta terça-feira para a Alemanha, depois de três dias de visita à Índia. Lá, novamente ao lado da Índia, o Brasil participa como convidado da reunião anual do G8 – o grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia -, que começa na quarta.

O encontro terá como tema central o aquecimento global, e Lula deve defender, mais uma vez, o uso dos biocombustíveis como solução para a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. O Brasil também deve pedir empenho para as negociações na OMC (Organização Mundial do Comércio).

Compromissos- Antes de partir para a Alemanha, Lula teve diversas atividades em Nova Délhi. Ainda no hotel onde estava hospedado, recebeu presidentes de duas grandes empresas indianas, a Vijay Eletricals e a Paramount Airways. Ambas têm negócios com o Brasil.

Segundo Lula, a Vijay está montando uma fábrica de transformadores na Paraíba, para fornecimento ao Programa Luz Para Todos. O dirigente da Paramount, M Thiagarajan, irá em julho ao Brasil para fechar a compra de 40 aviões da Embraer.

O presidente revelou que também conversou com um representante de laboratório farmacêutico que quer participar, com o Brasil, da produção de genéricos. A reunião não estava prevista na agenda oficial e Lula não confirmou o nome da empresa.

Ele também teve audiência com Sônia Gandhi, presidente do Partido do Congresso e da United Progressive Alliance, coligação que elegeu o primeiro-ministro Manmohan Singh. Depois, Lula visitou a casa onde Mahatma Gandhi viveu seus últimos dias e foi assassinado, em 1948. Lá ele foi recebido pela neta do líder político e espiritual indiano, Tara Gandhi Bhattacharjee.

A agenda de Lula em Nova Délhi terminou com encontro com a comunidade brasileira na Embaixada no Brasil e almoço privado na residência do embaixador.