Política Titulo Novela
Atila estuda doar terreno à Lara para amortizar passivo

Ideia, ainda cogitada internamente, é diminuir dívida com empresa de Mauá e renegociar valor

Por Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/12/2017 | 07:00
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), estuda doar um terreno público à Lara Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, responsável pela coleta de lixo na cidade, como forma de amortizar a dívida com a empresa, que na semana passada ameaçou paralisar os serviços pelos atrasos no pagamento.

A ideia, segundo apurou o Diário, seria oferecer um espaço como forma de permuta à empresa. Em troca, a terceirizada abateria pelo menos metade do valor do passivo que o Paço acumula. Além de R$ 14 milhões referentes a repasses em atrasos do contrato vigente, o município ainda tem de pagar parcelas de débitos do passado negociados e divididos em várias vezes pelo governo do ex-prefeito Donisete Braga (PT, 2013-2016).

Nessa negociação, a intenção do governo Atila seria de renegociar todo o passivo com a empresa de Wagner Damo, a fim de reduzir os valores das parcelas. Essa hipótese foi, inclusive, debatida superficialmente entre Atila e a direção da empresa nesta semana, quando o governo negociou com a firma e conseguiu abortar a possibilidade de paralisação.

Paralelamente a essa proposta, outra ferramenta serviu como trunfo na negociação. Ainda sob incertezas, Atila levantou o recesso parlamentar e colocou para a Câmara votar projeto que institui a taxa do lixo na cidade. O projeto foi aprovado às pressas na quarta-feira, com 14 votos favoráveis e oito contrários.

É com esse tributo que o governo socialista pretende subsidiar os débitos com a Lara. A taxa será aplicada anualmente – será incluída na conta de água – e, no caso de residências, vai variar de R$ 106,98 a R$ 2.050,86, a depender do volume de lixo produzido (de zero a 10 metros cúbicos e de 50 a 400 metros cúbicos).

Para estabelecimentos comerciais, a taxa será de R$ 90,13 a R$ 1.993,33 por ano, também levando em consideração a mesma divisão adotada com o tributo residencial. No caso das indústrias, a taxa mínima será de R$ 93,96, podendo chegar a R$ 2.469,19. Todos esses valores serão parcelados nos 12 meses do ano. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;