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São Caetano joga duas vezes ao mesmo tempo pelo vôlei feminino
Anderson Fattori
21/11/2017 | 07:30
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Denis Maciel/DGABC


O calendário do vôlei feminino foi impiedoso com o São Caetano. Ontem, no mesmo horário, a equipe do Grande ABC entrou em quadra duas vezes em duas competições diferentes. Pelos Jogos Abertos, no Ginásio Milton Feijão, derrotou Bauru por 2 sets a 0 (25/11 e 25/9). Longe dali, a pouco mais de 100 quilômetros de distância, aplicou 3 sets a 0 (25/19, 25/16 e 26/24) no Renata, da cidade de Valinhos, pela Superliga.

“Não conseguimos acordar de não jogar nessas datas pela Superliga, priorizamos os jogos que tivemos com televisão. Então viemos com o sub-21 para os Abertos”, explicou a técnica Francine Bravo, que ficou na região, enquanto Hairton Cabral seguiu com a equipe adulta.

A ausência das principais jogadoras nem foi sentida nos Abertos, já que Bauru também não contava com o elenco completo. A vitória foi construída com extrema facilidade diante de adversário frágil e de baixa estatura.

“Quando enfrentamos equipe tecnicamente inferior, a ideia é errar o menos possível. Temos é de provocar o erro do adversário. Por não serem treinadas para esse nível, elas tendem a errar mais. Peço para minhas atletas, principalmente, terem concentração no jogo para que não se machuquem”, ressaltou Francine, lembrando que o São Caetano usará o sub-21 até o fim dos Abertos.


Problemas na documentação fazem Bauru recorrer a ‘anãs’

“Apelidaram a gente de ‘Branca de Neve e os sete anões’. Mas esqueceram de contar, porque somos apenas seis.” Foi com bom humor que a ponteira Ariane, de Bauru, falou sobre a diferença de estatura entre as jogadoras da equipe com relação às de São Caetano no duelo de ontem à tarde pelo vôlei feminino dos Jogos Abertos, no Milton Feijão. Ela, de 1,90 m, que integra o time que disputa a Superliga, foi convocada de última hora para compor o grupo bauruense, que sofreu com problemas na documentação e teve de recorrer a atletas amadoras da cidade.

“Eu estava voltando de um jogo da Superliga no Rio e me chamaram para vir. Ficou correria, mas como Bauru é uma coisa só, a gente vem, ajuda. Deu para dar bastante risada, a equipe é superdivertida, alto-astral sensacional, não tenho o que falar delas”, conta Ariane. “Mas foi um grande aprendizado.”

Ao menos três de suas companheiras de time tinham menos de 1,60 m, caso de Ana Carolina, de 1,54 m. “A gente não tem altura para bloquear, então tem de defender bem. Vôlei amador não preza tanto pela altura, então consegue jogar melhor”, explica. “Viemos sem o peso de ter que ganhar. Não tivemos o mérito de estar aqui, porque foi o Vôlei Bauru que se classificou. Mas viemos ajudar. Experiência nova para a gente. Treinamos por fora, jogamos juntas só aqui”, complementa. Dérek Bittencourt




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