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Vândalos voltam a atacar escolas do Grande ABC

Foram duas unidades em Santo André e uma em Mauá; registros somam pelo menos 29 neste ano

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
07/11/2017 | 07:00
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Divulgação


 Três escolas do Grande ABC – uma delas de curso de natação para deficientes, em Santo André – foram alvos de vandalismo no fim de semana, o que elevou o número de casos registrados neste ano para, pelo menos, 29. O cenário na Escola Municipal Neuma Maria da Silva, no Jardim Paranavaí, em Mauá, que atende cerca de 900 crianças com idades entre zero e 6 anos, era devastador, conforme imagens que circularam em redes sociais – não houve autorização para que a equipe do Diário entrasse na unidade. Paredes pichadas, alimentos pelo chão, materiais pedagógicos destruídos e cobertores queimados estavam espalhados.

Os vândalos também atacaram em Santo André, onde invadiram o Nanasa (Núcleo de Natação Adaptada), para furtar parte da fiação elétrica, e na Emeief Luiz Gonzaga, no Parque Erasmo Assunção (leia mais informações ao lado).

Moradora de Mauá, a dona de casa Glauce Cassiana Alves dos Santos Ferreira, 31 anos, leva todos os dias a sobrinha de 1 ano e 9 meses e o filho de 5 anos até a escola no Jardim Paranavaí. “Estava descendo a rua quando vi várias mães retornando com as crianças. Minha cunhada demorou mais de um ano para conseguir a vaga para minha sobrinha na creche. E quando conseguiu, acontece isso”, lamentou.

A população do bairro estava revoltada. Isso porque no mês passado a EE Emiko Fujimoto, localizada ao lado da unidade invadida, teve os vidros quebrados. “Levaram todos os computadores. É um absurdo, porque sentimos que não há segurança nem para as crianças estudarem”, afirmou a dona de casa Janete Paula Fernandes. 29.

A diarista Katia Ferreira Marques, 45, afirmou que a ação não afetou as aulas do seu filho de 5 anos. “Isso porque ele só fica meio período, mas as mães que deixam os bebês tiveram de levá-los de volta.”

A Prefeitura de Mauá confirmou a ação dos vândalos e informou que ainda apura o prejuízo. “Os danos ainda estão sendo contabilizados. Não houve interrupção das atividades escolares nesta segunda-feira (ontem)”, informou em nota. Conforme a Pasta. a GCM (Guarda Civil Municipal) faz rondas diárias em todas as escolas.

Questionadas sobre o número de depredações em escolas neste ano, apenas São Caetano e Ribeirão Pires se manifestaram. Na primeira não houve ocorrências em 2017. Neste ano, Ribeirão informou que foram 18 ocorrências, envolvendo furto, vandalismo e depredações. Em 2016 foram 25 casos. Os demais casos citados foram apurados pelo Diário.

A Secretaria da Educação do Estado afirmou que conta com o apoio da Secretaria de Segurança Pública e mantém parceria com a Ronda Escolar, da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento no entorno das escolas. O prejuízo da Pasta com atos de vandalismo nas sete cidades em 2017 é estimado em cerca de R$ 1 milhão, mas não informou o número de unidades prejudicadas.

 

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Três jovens confessaram envolvimento no ato de vandalismo da Escola Municipal Neuma Maria da Silva, após serem levados à Polícia Civil. No total, nove jovens teriam participado da ação.

Três adolescentes foram abordados pela GCM (Guarda Civil Municipal) quando brincavam no bairro e compareceram ao 1º DP (Centro) acompanhados de familiares. Lá, confessaram a participação e também apontaram mais três jovens e três crianças entre 10 e 11 anos que teriam ajudado. O caso foi registrado como ato infracional por dano e furto qualificado. Uma televisão foi encontrada no telhado da escola. Os adolescentes foram liberados após assinatura de termo pelos pais.

 

SANTO ANDRÉ

A Secretaria de Educação informou que no fim de semana foram dois atos de vandalismo: na Emeief Luiz Gonzaga, no Parque Erasmo Assunção, e no Nanasa, no bairro Jardim. Na primeira unidade foram levados itens da merenda, suco e a base do liquidificador.

Já o Nanasa, que atende 120 pessoas com deficiência, foi invadido para o roubo da fiação elétrica. A Pasta ainda avalia a extensão dos danos, mas a estimativa é a de que em até dez dias seja possível restabelecer o aquecimento das piscinas e normalizar o atendimento aos usuários.

Em ambos os casos foi realizado boletim de ocorrência. A rede municipal conta com as rondas da GCM e da Polícia Militar. “Algumas unidades têm sistema de alarme”, informou, em nota.




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