Terreno de propriedade da AES Eletropaulo na Rua Francisco Jardim, Jardim Anchieta, em Mauá, acumula entulho e lixo. A área, cuja cerca de proteção foi derrubada, é alvo de críticas pelos moradores do entorno, que destacam os transtornos vivenciados no dia a dia, como queimadas na área, ‘cemitério para animais mortos’ e a presença de insetos e roedores nas casas.

O terreno, próximo de escola municipal por onde circulam dezenas de crianças diariamente, é utilizado para a queimada de artigos como sofás e tábuas de madeira. A fumaça escura e o mau cheiro irritam a comunidade, destaca o confeccionador de pneus aposentado José Carlos Damata, 59. Morador do bairro há 33 anos, ele destaca que o descarte irregular é contínuo. “Aqui fica ao lado da creche, por isso não é legal. Acho essa situação estranha. Eles descartam à noite quase todos os dias e até queimam materiais.”

Quem também reclama do problema é o gesseiro Disney Donald Oda, 43, que há dois anos trabalha nas proximidades da área. Apesar de nunca ter visto animais mortos serem jogados, a conversa na vizinhança sobre o assunto é constante. “Sei que há um tempo cercaram a área, mas acabaram derrubando (a proteção) para jogar entulho. É um conjunto de falta de educação, falta de estrutura, falta de condições econômicas”, diz.

Procurada para esclarecer os problemas destacados pela comunidade do Jardim Anchieta, a AES Eletropaulo não esclareceu os questionamentos até o fechamento desta edição.