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Gratuidade no transporte de S.Caetano atinge marca de 40%

Com previsão de crescimento deste índice, município já apresenta uma crise econômica do sistema

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
20/08/2017 | 07:02
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Denis Maciel/DGABC


Com alta de taxa de idosos no município, estimada atualmente em 21,65% da população, e aumento no número de estudantes que hoje contam com o passe escolar, o sistema de transporte público por ônibus de São Caetano atingiu em maio deste ano a marca de 40% de usuários beneficiados com a gratuidade fornecida pela Prefeitura, índice que tem colocado em xeque o equilíbrio econômico do serviço, que atende média de 20 mil passageiros na cidade, conforme último levantamento realizado pela administração, em 2015.

Defendida por especialistas, a mudança no sistema de gratuidade do município parece cada vez mais próxima na cidade, tendo em vista que dados da Fundação Seade apontam que em 2050 cerca de 38% (132,7 mil pessoas) da população será formada por pessoas com idade acima de 60 anos, o que colocaria o sistema em uma possível crise.

Embora seja composto por apenas oito linhas municipais, com frota total de 48 veículos, o sistema de São Caetano já apresenta, segundo usuários, seus primeiros sinais de desgaste. A ausência de abrigos em pontos de ônibus espalhados pelo município e condições precárias na infraestrutura do terminal de ônibus localizado no Centro são as principais queixas.

“Para uma cidade tão pequena e com passagem tão cara (R$ 4) deveríamos ter um sistema referência, mas não é o que acontece. Os pontos sequer têm abrigo”, relata a vigilante Edines Sousa Silva, 38 anos.

Para a vendedora Luana Leite Siqueira, 27, a demora dos coletivos é outro ponto que deveria receber atenção especial da Prefeitura. “Os ônibus demoram muito, para andar pouco. Poderia ter muito mais veículos”, destaca.
Operado pela Vipe (Viação Padre Eustáquio), o transporte coletivo da cidade ganhou oito veículos no mês passado. Agora, 100% da frota possui elevador para cadeirantes. A administração estuda ainda implantar wi-fi nos carros municipais. No momento, o Paço estuda tecnologias que atendam com eficiência a população.

Porém, para usuários, nada disso terá efeito caso a Prefeitura não promova reforma na estrutura do terminal da cidade. “Quando chove, você tem de caçar lugar para se proteger. Deveria ter uma cobertura”, relata a atendente de telemarketing Natália Figueiredo, 22.

A Prefeitura até possui projeto de revitalização do equipamento, no entanto, ainda não há prazos para efetivar o projeto, tendo em vista que estudo técnico da proposta ainda será elaborado e dependerá de verba do governo federal.




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