Servidores vinculados à FUABC (Fundação do ABC) decidiram ontem, em assembleia, decretar estado de greve e iniciar mobilização de cobrança à direção da entidade regional, alegando que a Fundação não formalizou proposta de reajuste nos salários de 2016 e 2017.

O SindSaúde ABC (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde do Grande ABC) reivindica 9% de majoração salarial referentes ao ano passado e 4% para este ano, além de melhoria nos benefícios concedidos. O sindicato diz que a FUABC tem evitado encaminhar qualquer negociação.

Segundo o presidente do SindSaúde ABC, Almir Rogério Mizito, no dia 3 haverá nova reunião para debater a paralisação geral da categoria e protesto em frente à Fundação. “Há um descaso total da FUABC, que não apresenta proposta. Vamos fazer a mobilização primeiro, falar com os demais funcionários sobre isso. Eles (direção da FUABC) são cara de pau”, reclamou.

Ainda de acordo com Mizito, há processos movidos na Justiça do trabalho que dão ganho de causa aos servidores na questão de pelo menos haver reposição da inflação nos salários. “Eles não resolvem. Nós queremos resolver. Isso vai virar bola de neve.”

Nas contas do sindicato, há dois anos não há reajuste nos vencimentos da categoria e há três sequer há melhoria nos benefícios ofertados pela FUABC. “Há prefeito contratando funcionários a peso de ouro para ficar de capanga nos equipamentos de Saúde, enquanto os demais companheiros estão na espera”, criticou Mizito.

Conforme o SindSaúde, 300 funcionários participaram da assembleia de ontem em frente à sede da entidade, no bairro Paraíso. “Estou otimista com a mobilização”, sintetizou Mizito.

A FUABC tem orçamento de R$ 2,2 bilhões para este ano e é mantida pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano.