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Marinho é denunciado no episódio do museu

Ex-prefeito de S.Bernardo está na lista do MPF, que aponta desvios de R$ 7,9 mi na construção

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/07/2017 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O ex-prefeito Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, está entre os 22 denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) por dispensa ilegal de licitação e peculato (desvio de recursos públicos) na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador.

Na semana passada, a procuradora federal Fabiana Rodriguez de Sousa Bortz encaminhou para a 3ª Vara Federal de São Bernardo acusação contra agentes públicos e pessoas ligadas às empresas responsáveis pela obra.

A peça tem como base a Operação Hefesta, deflagrada no fim do ano passado e que levou até secretários do governo Marinho à prisão.

O MPF apontou existência de desvio de R$ 7,9 milhões na condução do projeto. Entre as irregularidades detectadas estavam restrição de competitividade durante a licitação e duplicidade de pagamentos a um único serviço executado.

Na Operação Hefesta, 16 pessoas foram alvo – à época, Marinho não estava entre elas. Entre os representados estão Alfredo Buso (ex-secretário de Obras), Osvaldo de Oliveira Neto (ex-secretário de Cultura), Sergio Suster (ex-funcionário da Pasta de Obras), José Cloves (ex-vereador e ex-secretário de Serviços Urbanos), além de empreiteiros da Construções e Incorporações CEI (responsável pela obra) e da Construtora Cronacon (subcontratada para execução de algumas etapas do processo). Buso e Neto, por exemplo, foram detidos à ocasião, mas soltos semanas depois.

Idealizado por Marinho, o Museu do Trabalho e do Trabalhador tinha como objetivo contar a história do desenvolvimento fabril da cidade. Haveria um setor especial para falar das lutas sindicais, que promoveram Lula, seu padrinho político – há, inclusive, investigação para apurar se a fabricante de caças Saab pagou propina por meio de compra do acervo da unidade cultural.

A obra começou em 2012 e era para ter sido concluída em 2013. Porém, sucessivos problemas atrasaram o cronograma. A última previsão era abrir o museu no fim de 2016, entretanto, desde a Operação Hefesta o canteiro foi embargado judicialmente. O atual prefeito Orlando Morando (PSDB) tenta transformar o espaço em uma Fábrica de Cultura, projeto do governo do Estado.

Luiz Marinho não retornou aos contatos para falar sobre o caso. (com Agências) 




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