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Texto emblemático de Hilda Hilst estreia na Capital
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
03/09/2011 | 07:25
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Escrita durante a ditadura, a obra "O Rato no Muro" discute sobre liberdade e opressão enquanto mostra a cíclica rotina de uma casa religiosa. Com texto de Hilda Hilst e direção de Renato Andrade, a peça homônima estreia hoje, na Estação Caneca, em São Paulo.

Na trama, freiras vivem enclausuradas no convento. Um muro alto, construído de pedras, é o que as separa do mundo exterior. Diariamente, rezam e confessam as suas culpas diante da madre superiora. Enfim, comportam-se como 'coral', massificadas pelo confinamento.

Essa rotina impede que as irmãs se aproximem do muro. Em determinado momento, elas observam um rato no alto da parede - o animal tem liberdade para ver tudo o que lhes é privado.

O acontecimento é considerado pelas mulheres, somado ao sumiço de uma das irmãs e à morte de um gato. Elas lidam com o medo de ultrapassar o muro quando a mais questionadora delas pede apoio das outras para sair daquele espaço.

Notadamente, o espetáculo faz alusão ao regime militar, afinal as personagens vivem sob sistema autoritário, dominado pela tortura e pelo medo. Integram o elenco Cintia Takeda, Gi Ribeiro, Helena Aires, Helena Esteves, Luiza Andrade e outros.


O Rato no Muro Teatro. Na Estação Caneca - Rua Frei Caneca, 384, São Paulo. Tel.: 2371-5744. Estreia hoje. Temporada: aos sábados, às 21h. Ingr.: R$ 40. Até 22/10.




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