Setecidades Titulo Quatro ônibus incendiados
PM reforça policiamento após ataque a coletivos

Corporação diz ter intensificado rondas depois do registro de quatro ônibus incendiados em dois dias

Daniel Macario
Do Diário do Grande ABC
18/02/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Após o registro de quatro ônibus incendiados nos últimos três dias no Grande ABC, ambos em protesto a operações da Polícia Militar (PM), o comandante da corporação na região, coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, garantiu ontem reforço no policiamento nas áreas atingidas pelos ataques.

Com a justificativa de que o reforço nas rondas policiais trata-se de um protocolo da corporação após ocorrências similares ao incêndio dos coletivos, o comandante optou por tratar o assunto com cautela, garantindo que as investigações estão “bem encaminhadas junto à Polícia Civil”, e que não há motivo para preocupação da população.

“Na verdade as duas manifestações são apenas coincidência. Nenhuma tem ligação com a outra. O que a investigação nos aponta é que ambas foram protesto de indivíduos que reagiram contra ações que a Polícia Militar fez nesta semana”, relata o comandante.

Embora não tenha realizado a prisão de nenhum indivíduo ligado a qualquer uma das duas ações, o comandante ressalta que os trabalhos de buscas estão avançados.

Segundo ele, o incêndio de dois coletivos de Diadema, na noite de quarta-feira, foi um protesto à prisão de um traficante da favela da Coca, durante a realização da Operação Força Metropolitana Regional. Os responsáveis pelo incidente seriam ligados ao grupo do criminoso.

Já o incêndio de outros dois coletivos na noite de quinta-feira, em São Bernardo, um no cruzamento da Rua Ayrton Senna da Silva com a Rua Sthela Maria Anna Mattos e outro na Rua Antenore Grotte, de acordo com o comandante, foi uma represália de manifestantes contra a morte de um indivíduo no mesmo dia.

Segundo ele, o rapaz foi morto durante ação da PM. Na ocasião, junto de outras duas pessoas, o indivíduo foi flagrado tentado roubar um veículo. No entanto, durante a ação da polícia o homem atirou contra a equipe de patrulhamento, que acabou revidando.

Após os protestos, moradores das áreas próximas aos incêndios adotaram a lei do silêncio e, procurados pelo Diário, optaram por não comentar o assunto.

O incêndio dos quatro veículos segue sendo investigada pela Polícia Civil. 




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