Setecidades Titulo Farmácia de alto custo
Descentralização volta à pauta do Consórcio

Entidade prevê apresentar ao Estado, no
próximo mês, propostas para tirar projeto do papel

Por Daniel Macario
Do Diário do Grande ABC
15/02/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A negociação em torno da descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, será retomada entre os municípios da região e o governo do Estado. Ontem, após série de reportagens publicadas pelo Diário no mês passado, finalmente o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC realizou a primeira discussão sobre o tema com representantes recém-empossados nas secretarias de Saúde das sete cidades.

Na reunião realizada pelo GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, foram colocadas em pauta novas possibilidades para modificar a logística da distribuição de medicamentos em vigor, concentrada na farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas.

Discutido desde 2014, o projeto para descentralização da farmácia tem acumulado impasses burocráticos, o que tem impedido que a proposta saia do papel. No ano passado, a entidade chegou a apresentar ao Estado a possibilidade de as unidades do AME (Ambulatório Médico de Especialidade) de Santo André e Mauá, além do Hospital São Caetano, assumirem a distribuição dos medicamentos, criando assim mais três postos para operar o serviço. No entanto, a opção levada ao Estado não vingou.

Agora, a expectativa do Consórcio é a de que as novas propostas para a descentralização sejam apresentadas pelos secretários municipais aos representantes do Estado na próxima reunião da Comissão Intergestores Regional, no próximo mês.

“A descentralização tornou-se prioridade para o Consórcio. Esse debate já está atrasado. Nossa ideia é unir esforços dos novos secretários e prefeitos para alinhar uma proposta que atenda ao desejo dos municípios e Estado e, finalmente, tire o projeto do papel”, declarou o presidente da entidade e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).

No mês passado, os secretários de Saúde Ana Paula Peña Dias (Santo André), Geraldo Reple Sobrinho (São Bernardo), Regina Maura Zetone (São Caetano) e o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB-Mauá) haviam sinalizado interesse em retomar a discussão e, inclusive, assumir o serviço de distribuição em equipamentos dos próprios municípios.

Atualmente, com média de 2.000 atendimentos por dia, o serviço da farmácia de alto custo tem sofrido diariamente, nos últimos meses, com a superlotação em seu espaço.

Mesmo após o Estado ter realizado série de mudanças no serviço, como o aumento de guichês e na triagem de pacientes, usuários seguem tendo que aguardar, em média, quatro horas para retirada de medicamentos, podendo chegar a seis horas em dias de maior movimento. 




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