Política Titulo Sucessão no PT
Filippi e Reali se ausentam do debate sobre sucessão no PT
Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/01/2017 | 07:00
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Principais lideranças no PT de Diadema, os ex-prefeitos José de Filippi Júnior (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008) e Mário Reali (2009-2012) têm se ausentado do debate sobre a sucessão no comando do partido, hoje presidido por Reali. Petistas relataram ao Diário que a discussão em torno do PED (Processo de Eleição Direta) tem sido conduzida informalmente pelos grupos internos da legenda e pela bancada de vereadores, composta por Josa Queiroz, Orlando Vitoriano e Ronaldo Lacerda.

Segundo esses militantes, nem Filippi nem Reali têm contribuído formalmente para a construção de candidaturas, num momento em que o partido contabiliza a segunda derrota seguida em Diadema, onde já garantiu hegemonia – o ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, ficou em terceiro lugar na disputa de outubro –, e, em âmbito nacional, ainda busca cicatrizar os desdobramentos da Operação Lava Jato e a queda de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.

Por conta do cenário adverso, a ambição dos petistas é encontrar nome único que garanta consenso e absorva a simpatia de todas as correntes internas do diretório, entre elas a Articulação de Esquerda, ala que reúne nomes ligados ao sindicalismo e ao funcionalismo público e que é historicamente crítica às decisões da cúpula do partido e às iniciativas dos governos petistas na cidade. A figura encontrada nesse contexto foi a do ex-presidente da executiva paulista da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Adi dos Santos, filiado antigo, mas que também deve enfrentar resistência por conta do seu afastamento do dia a dia do diretório diademense.

Atual dirigente da sigla, Reali negou ter se furtado do debate. “Não fizemos reunião para definir (candidatura ao PED). Os prazos (para inscrição de chapas) eram curtos e, além disso, em dezembro a discussão girava em torno da eleição da mesa diretora (da Câmara) e muitos saíram de férias. Houve reunião da executiva que não deu quórum”, justificou.

Até então agendadas para 12 de março, as eleições internas nos diretórios foram adiadas para 9 de abril, estendendo também o prazo para a inscrição de candidaturas (6 de março).

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