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Futuro promissor para a Land Rover
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
21/05/2011 | 07:04
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Divulgação


Produto global, o Land Rover Range Rover Evoque só chegará em novembro ao Brasil, mas pelo menos uma centena de consumidores já fez reserva do novo utilitário esportivo, que está em fase de produção e ainda não tem o preço definido.

Com design inovador e surpreendente, o Evoque é mais um lance na evolução da marca de origem inglesa - atualmente controlada pelo grupo indiano Tata, que pagou três anos atrás para a Ford US$ 2,3 bilhões pelas marcas Land Rover e Jaguar.

Mais capitalizada e com seu centro de comando na Inglaterra, a Land Rover quer seguir ampliando seu leque de clientes pelo mundo ao desenvolver novos veículos, que prometem chegar com a mesma ousadia do Evoque nos próximos anos e em escala global.

No Brasil, a marca, que se caracteriza por veículos off-road de luxo, também vive momento de ascensão. A Land Rover está em segundo lugar em vendas entre as marcas premium associadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) - só perde para a alemã BMW, que vem adotando política agressiva de preços.

Por aqui, a linha Land Rover tem valores que variam entre R$ 112 mil (Freelander) a R$ 400 mil (Range Rover Sport). Seu modelo mais vendido no Brasil é Discovery 4, com 50% do mix.

"Estamos passando por um instante muito especial", afirmou Flávio Padovan, diretor-presidente da Jaguar Land Rover América Latina e Caribe. "Vamos ampliar a respeitabilidade e admiração que a marca conquistou junto aos consumidores brasileiros."

No primeiro trimestre, a Land Rover ampliou em 24% as vendas sobre o mesmo período do ano passado. Só em abril, vendeu 658 unidades - alta de 29% sobre março. Em 2010, registrou crescimento de 26% ante 2009.

Além do mercado nacional, Padovan também assumiu o desafio de ampliar os negócios da Land Rover e Jaguar por toda a América Latina, onde o plano é aumentar o número de revendas. No Brasil, passará de 30 para 36 concessionárias até o fim do ano.

Ex-vice-presidente de vendas da Volkswagen do Brasil, a contratação de Padovan mostra como Land Rover e Jaguar levam a sério o mercado nacional. Além da Volks, o experimentado executivo também já exerceu cargo de comando na Ford.

"Desde que assumi no ano passado, estamos fazendo algumas adaptações", afirmou. "Consideramos fantástico o potencial de crescimento para as duas marcas no Brasil em toda a região."

De acordo com o executivo, o mercado nacional ocupava a 15ª posição em vendas da Land Rover anos atrás. No ano passado, já foi o sétimo melhor do mundo. "Mas em pouco tempo poderemos ocupar a sexta, quinta ou quarta colocação", disse.

Segundo Padovan, a Land Rover vem se recuperando em todo o mundo após a crise global de 2009, quando comercializou 144 mil unidades. Um ano antes, havia atingido a marca de 226 mil veículos. Em 2010, somou 181 mil. Neste ano, deverá registrar talvez o seu melhor desempenho de vendas.

Padovan não faz críticas contra as últimas medidas tomadas pelo governo federal em relação aos veículos importados. "Pode ocorrer algum atraso, mas não consideramos isso problema", disse. "No nosso entendimento, o que o governo pretende fazer é ter controle para saber previamente o que está entrando no mercado nacional."




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