O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), escanteou políticos na escolha do secretariado da sua terceira gestão. As figuras que possuem atuação partidária na cidade são a minoria no primeiro escalão do governo.

Entre os quadros políticos, destacam-se o secretário de Desenvolvimento Econômico, Silvio Minciotti (PSDB), que, embora também seja visto como nome técnico – é professor universitário e foi reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) – é nome antigo no tucanato municipal e atuou no núcleo duro da campanha de Auricchio; e a titular da Saúde, Regina Maura Zetone (PSDB) é médica ginecologista e já chefiou a Pasta em gestões anteriores do hoje tucano. Porém, em 2012, foi escolhida por Auricchio como candidata à sua sucessão – foi derrotada por Paulo Pinheiro (PMDB).

Presidente do PSD municipal, o secretário de Serviços Urbanos, Iliomar Darronqui também já foi vereador por dois mandatos (1976 a 1988) e vice-prefeito. Durante o período pré-eleitoral, ajudou no movimento de atrair o partido, até então da base de Pinheiro, para a ala de Auricchio. Chefe de Mobilidade Urbana, o advogado Filinto de Almeida Teixeira é quadro antigo do PTB, partido do qual Auricchio nasceu politicamente. Outro nome da política é o próprio vice-prefeito, Beto Vidoski (PSDB), que acumula o comando de Esportes e Turismo.

Para setores estratégicos do governo, Auricchio escolheu nomes discretos e que chegaram a atuar, inclusive, em suas gestões anteriores (2005-2008 e 2009-2012), caso da chefe de Gabinete, Marisa Catalão, formada em Serviço Social; do secretário de Assuntos Jurídicos, o advogado José Luiz Toloza, e da chefe de Planejamento e Gestão, a também advogada Silvia de Campos. O tucano teve dificuldades para a indicação na Secretaria de Segurança. Chegou a fazer convites a delegados civis, que não aceitaram trocar seus postos para assumir a gestão administrativa da Pasta. Às vésperas do fim do ano, o tucano convidou a delegada Elaine Biasoli, que foi titular de delegacia na Zona Leste da Capital.

Nem Auricchio nem Vidoski responderam aos questionamentos do Diário sobre o perfil dos secretários. Nos anúncios dos nomes, porém, o chefe do Executivo destacou a escolha por perfis técnicos. “Procuramos valorizar o currículo deles, que vão ocupar cargos. Respeitamos o critério técnico e a qualificação curricular. Não tenho dúvidas de que é secretariado de alto nível técnico capaz de fazer frente à caótica situação que vamos encontrar a administração”, frisou o tucano, em dezembro, quando divulgou os primeiros nomes da gestão.

Ontem, Auricchio anunciou Charly Farid Cury para a presidência da Fundação Pró-Memória e Ana Paula Demambro como diretora da Fundação das Artes. O tucano ainda não divulgou o titular do DAE (Departamento de Água e Esgoto).