O prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) iniciou seu segundo mandato no comando de Rio Grande da Serra oficialmente ontem com discurso de agradecimento pela reeleição e também com cobranças à população sobre a zeladoria da cidade.

Pela manhã, o tucano tomou posse em cerimônia ocorrida no teatro do Complexo Educacional Primeira-Dama Zulmira Jardim Teixeira, no Centro. O evento marcou a instalação da 13ª legislatura da cidade, com a presença de todos os 13 vereadores e da vice-prefeita Marilza de Oliveira (PSD).

Entre agradecimentos para amigos, familiares e apoiadores, o chefe do Executivo soltou pequena reclamação. Ao citar os avanços que ele e seu antecessor, Adler Kiko Teixeira (PSB, hoje prefeito de Ribeirão Pires), fizeram na cidade, Maranhão lembrou de certos vandalismos que agora começam a ser vistos de maneira mais “chamativa”, caso de pichações espalhadas pela Praça da Bíblia, destruição de bebedouros em parques e o fato de algumas pessoas tomarem banho na fonte da cidade. “Não foi só um desabafo, mas uma espécie de pedido para que a população possa vir conosco e ter maior alto estima. A cidade é, nada mais nada menos, do que uma extensão da nossa casa. Temos que respeitar.”

Como tem dito desde que foi diplomado pela Justiça Eleitoral mais uma vez, o prefeito deseja utilizar os quatro novos anos à frente do Paço para adotar perfil diferente do que apresentou até agora. O objetivo é deixar de lado cada vez mais a figura política para dar espaço para um Maranhão mais gestor. “Há quatro anos eu vendi um sonho para a cidade. Agora pude vender um trabalho mesmo. A grande transformação é de dever cumprido e temos de fazer os projetos funcionarem. Tivemos um avanço e não podemos parar”, disse, afirmando mais uma vez que deseja deixar o cargo com a construção da primeira maternidade da história de Rio Grande da Serra.

REPERCUSSÃO
Após a cerimônia de posse, Maranhão falou sobre a história de Alvarina de Fátima Eusébio Almeida, que mora na Vila Santo Antônio. O Diário mostrou que sua realidade é de esgoto a céu aberto e falhas no atendimento de Saúde.

“A Saúde foi e continuará sendo um desafio, até porque é difícil falar de planejamento quando temos uma demanda aumentando a cada dia. Na nossa UPA (Unidade de Pronto Atendimento), na Avenida dos Autonomistas, atendemos cerca de um terço da população local todo o mês. Como a cidade não tem grande estrutura, temos uma Saúde básica, com as especialidades ficando sob incumbência do governo do Estado”, explicou o político.

O prefeito também garantiu que nesta semana tentará reunião junto aos órgãos estaduais para buscar solução ao problema de esgoto a céu aberto. “O maior crime ambiental de Rio Grande ainda é a falta de saneamento em certos lugares da cidade, e a questão está na nossa pauta.”