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Atila confirma Orosco em Obras e Márcio Chaves na Saúde

Marido de Vanessa Damo e ex-petista serão oficializados ao 1º escalão do prefeito eleito de Mauá

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/11/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Prefeito eleito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) fechou a entrega do comando da Secretaria de Obras para o marido da ex-deputada Vanessa Damo (PMDB), José Carlos Orosco Júnior (PMDB). Como antecipado pelo Diário na semana passada, o futuro chefe do Executivo também cravou a ida do ex-vice-prefeito e ex-prefeiturável Márcio Chaves (ex-PT, hoje PSD) para a chefia da Saúde. O anúncio oficial deverá ser feito ainda hoje.

Orosco teve o registro indeferido quando formava a chapa majoritária ao lado de Atila, com base na Lei da Ficha Limpa. Escolhido inicialmente como candidato a vice-prefeito, o peemedebista teve o projeto impugnado por possuir condenação referente à eleição de 2014, quando infringiu a Lei Eleitoral ao efetuar doação acima do teto legal à campanha de Vanessa à reeleição.

Ao deixar a dobrada, Orosco lançou candidatura a vereador, mas novamente teve o registro indeferido – a votação que recebeu não foi validada. Recentemente, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) aceitou o recurso do peemedebista, mas ele já havia saído do posto ao indicar a sogra, a ex-primeira-dama da cidade Alaíde Damo (PMDB). O orçamento da Secretaria de Obras previsto para 2017 é de R$ 107,8 milhões, a quinta maior fatia nos cofres da Prefeitura.

A última passagem de Orosco pelo Paço de Mauá foi em 2006, durante o governo do sogro, o ex-prefeito Leonel Damo (PMDB, 2005 a 2009), quando foi superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). Antes da aliança com Vanessa, Atila, que também geriu a Sama, e Orosco eram adversários.

É a sexta definição interna do secretariado do governo eleito, embora sejam os primeiros secretários a serem anunciados oficialmente. Além de Orosco e Márcio Chaves, Atila também confirmará o assessor Márcio Pereira de Souza (PCdoB) como chefe de Cultura.

O Diário revelou que o prefeito eleito também já bateu o martelo internamente nos nomes de Sandro Oliveira Paccola (PR) para Esportes; Chico do Judô (PEN) em Serviços Urbanos e Fernando Daniel Coppola, o Xuxa (PMDB), para Educação. Essa última indicação, inclusive, tem deixado o vereador Manoel Lopes (DEM) frustrado. O democrata tenta emplacar a mulher, Ângela Donatiello Lopes, como chefe do setor, que geriu na gestão de Leonel. O Diário apurou que o grupo do prefeito eleito, porém, quer evitar a nomeação dela por conta das polêmicas deixadas em sua gestão. Em uma delas, contratou um padre, em 2008, para a entrega de kits e materiais escolares. Foram justamente problemas com investimento insuficientes na Educação que motivaram a rejeição das contas de Leonel.

No caso de Márcio Chaves, o hoje pessedista retorna ao Paço de Mauá após 11 anos. Ele foi vice-prefeito entre 1997 e 2004 e secretário de Saúde, pelo PT, na gestão de Oswaldo Dias (PT). O ex-petista também disputou três vezes o cargo de prefeito (1992, 2004 e 2016). Com o revés em outubro, apoiou Atila no segundo turno do pleito. 




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