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Assaltantes atacam pedestres em passarela em Santo André
Deh Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/06/2009 | 07:01
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André Henriques/DGABC


Uma passarela de pedestres na Avenida Pereira Barreto - que dá acesso ao Shopping ABC, ao corredor de trólebus e ao Hospital Brasil - tem sido palco de constantes assaltos em Santo André. Os principais alvos dos criminosos são mulheres, idosos e adolescentes.

Segundo pessoas que trabalham próximo à passarela, os roubos ocorrem a qualquer hora do dia. Mas a incidência aumenta no período noturno, sobretudo no fim de semana. "Alguns assaltantes sobem pela passarela de bicicleta, atacam a vítima e fogem pelo outro lado", afirma um ambulante, sob a condição de manter o anonimato.

Os pedestres são atacados principalmente entre os pavimentos que dão acesso à parte superior da passarela. "Eles são pegos de surpresa, não têm nem por onde escapar", conta o ambulante.

"Aqui é uma verdadeira armadilha", explica um taxista, que afirmou ouvir rotineiramente relatos de pessoas que descem da passarela contando terem sido assaltadas. Celulares e bolsas estão entre os pertences mais cobiçados.

De acordo com os taxistas, a maior parte dos roubos é praticada por adolescentes entre 15 e 16 anos. Eles atacam com mais frequência em grupos de três. Na hora da fuga, chegam a saltar dos pavimentos da passarela sobre o gramado próximo ao Hospital Brasil. Em seguida, correm em direção às ruas próximas.

ALTERNATIVA - Os assaltos constantes na passarela fizeram muitas pessoas evitarem passar pelo local. Os pedestres optam por atravessar a avenida pela faixa de pedestres, que fica a 50 metros.

"O farol demora para abrir para o pedestre. Quando abre, é muito rápido, tem de correr. Mas prefiro atravessar pelo farol do que atravessar pela passarela", explica a recepcionista Isabela Ketchkech, 17 anos. Segundo ela, duas colegas de trabalho já foram assaltadas na passarela.

Com receio de se tornar mais uma vítima, a corretora de seguros Roberta Anjos, 29 anos, também evita o local e utiliza a faixa de pedestres. "Conheço várias pessoas que já foram assaltadas", explica.

Apesar dos relatos, poucos crimes são registrados. No 1º DP de Santo André, delegacia responsável pela área, apenas um crime foi comunicado e elaborado um boletim de ocorrência neste mês. Segundo a polícia, sem dados sobre a incidência de roubos, o trabalho de prevenção acaba prejudicado.




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