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Gra-Bretanha reativa debate sobre violência infantil
Por Das Agências
03/12/2000 | 15:16
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O assassinato na Gra-Bretanha há uma semana de um menino de 10 anos que voltava do colégio reativou o debate sobre a violência entre menores, em constante aumento segundo órgaos de defesa da infância e professores.

As associaçoes de defesa da infância estimam que nao há dúvidas de que a violência entre menores adquiriu uma amplitude preocupante.

Em seu primeiro informe anual, a entidade Childline havia assinalado que em 1999, 22.232 crianças angustiadas tinham se queixado a seus professores e parentes de que eram vítimas de "bulying" - um termo que inclui agressoes físicas, insultos e atos vexaminosos - por parte de outros estudantes.

Childline advertiu que "alguns desses menores chegam inclusive a pensar em suicídio".

Os sindicatos de professores comprovaram "um aumento da violência entre menores". "Também há mais armas, principalmente navalhas", precisou o sindicalista Nigel de Gruchy.

A morte de Damilolo Taylor foi o novo detonador deste alarme popular e institucional.

Dois adolescentes, de 12 e 13 anos, e uma mulher de 39, detidos neste sábado para ser interrogados no processo de investigaçao sobre o assassinato de Taylor, terminaram sendo libertados sob fiança. No dia do drama, várias testemunhas viram três meninos fugindo do local do crime.

O menino nigeriano foi esfaqueado na última segunda-feira quando voltava da escola. Mesmo com o pescoço cortado, a vítima se arrastou até o edifício onde residia com sua mae, em um bairro marginal londrino. Morreu quando era levado em ambulância para um hospital.

Na mesma manha da morte de Damilolo, sua mae se queixara ao diretor do colégio onde estudava, afirmando que seu filho era sistematicamente insultado e espancado por outros colegiais.

Atualmente, 25% dos alunos britânicos têm medo de ir ao colégio porque nao vítimas de violência, reconheceu o Ministério da Educaçao, que prometeu divulgar no próximo mês um amplo programa de luta contra a violência escolar.




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