Norma interpreta uma mulher e Goulart Filho, um cavalo. Ele tem um quê humano e ela, uma parte animal – são condições latentes, prontas para emergir. A peça trata do amor entre diferentes. O intenso relacionamento modifica a todos, e a transformação passa também pelo trabalho físico dos atores.
O texto defende a teoria segundo a qual o amor tudo supera. Apesar das diferenças, os personagens de Norma e Goulart Filho são semelhantes na essência. As ações se passam no Morro do Quebranto, onde prevalece uma atmosfera mágica e onde tudo é possível, até água se transformar em fogo.
Como o tom do espetáculo é de fábula, ele recusa princípios consagrados da estética realista. O artista plástico Eduardo Iglésias engendrou um cenário abstrato, no qual uma escada simboliza a montanha.
Outro aspecto de O Cavalo na Montanha é a mistura de linguagens da dança e do teatro. Essa mixagem se dá o tempo todo na postura dos atores, que também são bailarinos – não se pára a encenação para dançar.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.