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Lixão do Alvarenga fecha nesta segunda
Por Raymundo de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
15/07/2001 | 19:20
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Depois de quase 30 anos de utilização, várias inspeções e quatro multas da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), as Prefeituras de São Bernardo e Diadema prometem fechar nesta segunda-feira o Lixão do Alvarenga. Polícia Militar e Florestal, Guarda Municipal e fiscais das Prefeituras e do DUSM (Departamento de Uso do Solo Metropolitano) estarão no local para impedir que caminhões com entulho entrem no Alvarenga ou descarreguem nas margens da estrada. Um helicóptero também será usado.

Para evitar que os caçambeiros consigam chegar ao lixão por outras entradas secundárias, as Prefeituras bloquearam as vias alternativas na última quarta-feira. Os catadores de entulho, porém, poderão continuar no local.

A área de 40 mil m² fica na divisa dos dois municípios, a menos de 500 metros da represa Billings. O Ministério Público havia determinado o fechamento no dia 27 de novembro do ano passado, mas as Prefeituras não cumpriram as determinações das autoridades ambientais e da Justiça.

Até sexta-feira, o movimento de caminhões era intenso no lixão, mas diminuiu no sábado e domingo. Estimativa da Prefeitura de Diadema é que 600 caminhões por dia descarregavam lixo, entulho e sucata no Alvarenga.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Bernardo, será montado um esquema de plantão de fiscais para trabalhar 24 horas. A Prefeitura alugou um helicóptero para sobrevoar a área durante um mês e vai manter equipes de fiscais no entorno do lixão. A punição para os infratores será a aplicação da Lei 9.605, que trata de crimes ambientais e prevê pena de um a cinco anos de prisão para quem lançar lixo em área de manancial.

A Prefeitura de Diadema vai colocar 40 fiscais e cinco veículos equipados com rádio para impedir que os caçambeiros entrem no lixão, segundo informações da assessoria de imprensa do município. Além da entrada principal do Alvarenga, a Prefeitura também vai fiscalizar 19 entradas que dão acesso ao município e são usadas pelos caminhoneiros e outros 50 pontos de desova de entulho, lixo e sucata. Os motoristas que jogarem lixo em locais proibidos e forem flagrados serão multados no valor de um salário mínimo (R$ 180).

Em relação ao problema dos catadores que freqüentam o local e que dependem do trabalho para sobreviver, as administrações não apresentaram uma solução para curto prazo.




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