O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), anunciou ontem internamente que o vereador Márcio da Farmácia (PV) ganhou concorrência do PSDB e será o vice em sua chapa, que tentará emplacar reeleição em outubro. O presidente da Câmara, José Dourado (PSDB), e a ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB) também disputavam nomeação. A oficialização será feita no dia 25, data escolhida pelo verde para convenção partidária.

A confirmação de Lauro foi feita ainda no período da manhã, em reunião fechada com seus principais interlocutores de campanha eleitoral, incluindo os três postulantes ao cargo. No discurso, o chefe do Executivo falou que a definição construiu-se ao obedecer critérios. Entre os itens, a ratificação da coligação proporcional entre PV e PSDB para o pleito – também estará unido o PCdoB –, além de respaldo em pesquisa de intenções de voto, encomendada por ele mesmo, que apontou Márcio como como melhor nome para o posto frente aos tucanos. Até então favorita, Maridite foi a menos citada na pesquisa, ficando bem distante de Zé Dourado. Ambos confirmaram a retirada dos quadros no processo de escolha.

De acordo com apuração do Diário, a ‘oficialização’ de Márcio foi bem aceita pelo grupo político de Lauro, principalmente por integrantes do primeiro escalão do verde, que vinham defendendo a definição do parlamentar. Presidente municipal do PSDB e marido de Maridite, José Augusto da Silva Ramos levantou discurso de que o mais importante é garantir a reeleição do prefeito. Mesmo pressionado por lideranças do tucanato regional, Zé Augusto já havia admitido que não romperia com o governo caso perdesse a indicação da vice.

PROCESSO
Em 2014, Lauro reconheceu que a vaga de vice estava em aberto. Na eleição de 2012, o posto foi ocupado por Silvana Guarnieri (então no PTB, hoje no PSB), cujo mandato foi cassado pela Justiça – com recurso, ela se mantém no cargo. Chegou a indicar preferência pelo vereador Vaguinho do Conselho (PRB), hoje pré-candidato a prefeito. Nos últimos meses, afunilou disputa entre o PSDB e Márcio. Encaminhou Maridite para nomeação, mas recuou depois da pressão pró-Márcio. O principal argumento é a votação atingida pelo verde em outubro de 2014, quando tentou cadeira de deputado federal. Recebeu 40.979 votos – sendo 33.571 em Diadema.