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Em S.Bernardo, PMDB se aproxima de Morando

Partido esteve ao lado do PT na eleição passada e atualmente vivencia racha sobre futuro eleitoral

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
07/07/2016 | 07:00
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Em meio a racha interno sobre o posicionamento para a eleição, o PMDB de São Bernardo encaminhou união ao projeto de pré-candidatura ao Paço do PSDB, liderado pelo deputado estadual Orlando Morando. A junção desconstrói o discurso do ex-vereador e ex-secretário Tunico Vieira (PMDB), que se colocava como pré-candidato à Prefeitura, e do único parlamentar da legenda, Gilberto França, cujo sonho é renovar aliança com o PT. Tunico, inclusive, deve chegar ao arco de aliados do tucano com condições de brigar pelo posto de vice, lista essa que tem o vereador Marcelo Lima (SD) e o ex-prefeito Mauricio Soares (PHS). A vinda da sigla é endossada por importantes nomes do arco de Morando.

Presidente do diretório do PMDB em São Bernardo, Vanderlei Jueli admitiu diálogo com outros projetos políticos. Em meio a discurso de desejo por empreitada solo, ele refutou apenas adesão ao grupo petista, que terá o ex-secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental Tarcisio Secoli como candidato, sob coordenação do prefeito Luiz Marinho (PT).

“Estive recentemente em reunião com a executiva estadual buscando viabilizar o Tunico para eleição. Conversa temos com todos. Só não com o PT, não vejo como construir uma ponte lá. Existem as questões nacionais também e nós deixamos o governo (Marinho) faz pouco tempo”, discorreu Jueli, referindo-se à saída de Tunico da administração petista em março, após comandar a Pasta de Relações Internacionais por três anos.

Na ocasião, Tunico anunciou saída para viabilizar projeto próprio. Organizou atos internos e garantiu maioria do diretório para apresentar seu nome em convenção partidária. Paralelamente a isso, Gilberto, único representante do PMDB na Câmara, seguiu alinhamento com a base de sustentação de Marinho, frequentando agendas oficiais e liderando discursos de apoio à eleição de Tarcisio Secoli. Internamente, Gilberto costurou adesões com peemedebistas para sentenciar continuidade de elo com os petistas. Contudo, ele vem perdendo apoio. Um exemplo de estremecimento na articulação foi ato comandado por Tarcisio na região do Riacho Grande, na semana passada. Tarcisio defendeu a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e não poupou críticas ao presidente interino Michel Temer (PMDB). Vários peemedebistas se sentiram desconfortáveis com a fala e passaram a reprovar a ideia de Gilberto e aliança ao PT.

Na eleição passada, o PMDB selou apoio à candidatura de reeleição de Marinho e por pouco não indicou a vice. Quando o atual vice, Frank Aguiar (PRB), anunciou que não mais queria concorrer ao cargo, Tunico se viabilizou entre os partidos aliados para ocupar o posto. Mas Marinho pressionou Frank, que recuou e reocupou a vaga. 




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