Graças a uma série de recursos e estratégias protelatórias dos réus, segundo o Ministério Publico, as ações penais contra os investigados não saem da estaca zero.
Desde 2014, o Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos já pediu 10 vezes a prisão de 11 executivos de nacionalidade estrangeira que vivem atualmente no exterior. Destes pedidos, nove já foram rejeitados e um aguarda decisão da Justiça de São Paulo. Neste mesmo intervalo de tempo, a Lava Jato já cumpriu 64 mandados de prisão preventiva e, com o apoio de delações premiadas e acordos de leniências de empresas investigadas, segue avançando contra agentes públicos, políticos e empresários suspeitos de participar de um esquema de corrupção na Petrobrás e até em outras estatais.
Na investigação contra o cartel de São Paulo que agiu durante gestões consecutivas do PSDB houve a colaboração da multinacional Siemens, que firmou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), orgão anti-truste do governo federal.
A empresa comprometeu-se a revelar os caminhos do esquema no setor metroferroviário que operou entre 1998 e 2009, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Ainda assim, executivos alemães que pertencem ou já pertenceram à companhia e não aparecem no acordo de leniência não foram localizados pelas autoridades e o Ministério Público paulista segue na luta para tentar encontrá-los.
Os primeiros pedidos de prisão preventiva vieram em março de 2014. Na ocasião, foram pedidas a prisões preventivas de nove executivos alemães ligados à Siemens (dos quais apenas dois ainda estariam na empresa) e do canadense Serge Van Temsche, que presidiu a multinacional francesa Bombardier de 2001 a 2006. Em maio de 2015 foi a vez do Gedec pedir a preventiva de Cesar Ponce de Leon, ex-diretor da Alstom.
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