Automóveis Titulo
Qual merece ser
levado ao altar?
Vagner Aquino
do Diário do Grande ABC
20/07/2011 | 07:00
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Imagine que isso é uma novela. Na trama, dois galãs bonitões e sarados brigam por um amor em comum - neste acaso, o consumidor.

De um lado, o recém chegado 408, que carimbou o passaporte argentino no início do ano, mas é herdeiro da francesa Peugeot. Para fazer bonito e reverter o ostracismo deixado pelos irmãos 307 Sedan e 407 Sedan, o modelo colocou sua melhor roupa e se apresentou na versão topo de linha, a Griffe, que não sai por menos de R$ 79.990.

Do outro, o consagrado Corolla, que, sob a influência do nome da tradicional família japonesa, Toyota, arranca suspiros dos brasileiros e abocanha o primeiro lugar do segmento, com 4.131 unidades vendidas só em junho, segundo os dados da Fenabrave (o 408 não passou dos 705 emplacamentos no período). Cheio de coragem o líder dos sedãs médios sequer se importou com o traje, optou por encarar o rival vestindo a configuração XEi, que parte de R$ 77.070 - a mais cobiçada no mercado.

No quesito beleza, o 408 agrada bastante. Com design totalmente novo, porte musculoso e uma certa imponência no olhar, o modelo não passa despercebido pelas ruas e rendeu muitos elogios ao longo da semana em que o avaliamos.

Porém, como diz o ditado popular, "Beleza não se põe à mesa". Ela pode ser, sim, ideal num primeiro momento, mas para que a relação dure, o negócio é ter conteúdo. Pensando assim, o Corolla, que não passa por mudanças tão gritantes desde 2002, traz no condicionamento físico seu grande apelo. Apresentando um coração saudável, o exemplar da Toyota garante bom desempenho no momento de levar seu par romântico para passear. O motor 2.0 16V gera até 153 cv quando bebe etanol.

Mesmo devendo um pouco em fôlego o 408 (2.0 16V com até 151 cv, com álcool) sabe tratar seu pretendente como poucos, gerando boa dose de conforto. Aqui, o ninho de amor (vulgo, espaço entre-eixos) é mais amplo do que no Corolla. São 2,71 metros, contra 2,60 metros, respectivamente.

 

ERGONOMIA

O isolamento acústico é Bom em ambos os modelos, mas, a ergonomia do Corolla é indiscutível. Em questão de segundos o motorista se encaixa à posição de dirigir. Tarefa não tão fácil no 408, que também perde na facilidade de manuseio dos comandos. Os botões do painel e portas ficam mais próximos no modelo da montadora japonesa, que tem volante multifunção e borboletas para as trocas das marchas - indisponíveis no 408).

Quando percebe que pode estar perdendo a parada, o 408 joga mais um pouco de charme e contra-ataca com a leveza da direção eletro-hidráulica, facilitando o momento da baliza. Isso, sem contar o sensor de estacionamento, indisponível no Corolla (há câmera de ré na versão Altis, que custa R$ 86.870).

O porta-malas também é maior no 408 e o torna o companheiro ideal para longas viagens. Por falar nisso, aqui, é mais fácil achar o caminho, já que o GPS integrado ao painel pode dar aquela ajudinha para não se perder na estrada. É ou não é para casar?




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