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Baleia pede dissolução do
PMDB da cidade de Mauá
Por Mark Ribeiro
Do Diário do Grande
30/04/2011 | 07:13
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O presidente do PMDB paulista, deputado estadual Baleia Rossi, afirmou ontem que pedirá a autodissolução do diretório do partido em Mauá, comandado por Paulo Bio. Baleia ficou irritado com a notícia de que a direção municipal trabalha para lançar Bio como candidato a prefeito em 2012, em detrimento à sua fala publicada peloCF52 Diário/CF dia 15, garantindo que a sua colega na Assembleia Vanessa Damo é quem será a representante da legenda na disputa pelo Paço.

"Encaminharei pedido para que o diretório promova a autodissolução. Será gesto de humildade reconhecer os erros", avisou o mandatário estadual, sob o argumento de que a direção mauaense conseguiu "0% de representatividade na Câmara". "Não estamos satisfeitos. O PMDB de Mauá está na UTI e a Vanessa será a nossa candidata justamente para reanimá-lo", reiterou.

A posição contundente foi encarada com surpresa por Bio, no partido há mais de duas décadas e com mandato para ficar no comando até outubro de 2012. "Acho que ele não conhece Mauá muito bem. Elegemos a própria Vanessa (CF51à Assembleia/CF)", contestou. "Bastou tomarmos uma posição para falar em dissolução. Ele não pode passar o trator por cima, até porque nosso diretório foi eleito em convenção. Não é uma comissão provisória", lembrou, em alfinetada a Baleia, que preside comissão provisória em São Paulo.

Ao descartar que deixará o comando do PMDB por vontade própria, Bio disse inclusive desconhecer o que representa autodissolução. "Não quero criar polêmica, mas o Baleia não está sendo muito democrático."

 

CANDIDATURA

A polêmica envolvendo o PMDB municipal com o estadual começou quinta-feira, quando o vice-presidente da sigla em Mauá, Denílson Martins da Silva, externou o movimento do diretório pela candidatura de Paulo Bio. Ele também deixou em aberto a chance de o PMDB apoiar o prefeito, Oswaldo Dias (PT, que tentará a reeleição) em eventual segundo turno.

"O eleitorado está desgastado com toda a situação (revezamento entre Oswaldo e Leonel Damo, pai de Vanessa, no poder). Por isso, há entendimento do partido de que a candidatura da Vanessa seria retrocesso", revelou Bio, ponderando que a deputada "tem o direito de colocar o nome para avaliação interna" - ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico no governo Damo.

O presidente do PMDB mauaense admitiu a realização de prévias para a definição do nome que concorrerá ao Paço. "Vamos debater exaustivamente. Se não houver consenso, usaremos os instrumentos partidários democráticos."

 

QUEM?

Coordenadora regional do PMDB, Vanessa Damo reagiu com espanto às falas do vice-presidente. "Esse tal de Denílson disse que meu nome não tem o aval do diretório, mas nem o conheço", admitiu, sem se importar com a concorrência de Bio. "Quem definirá qual é o melhor projeto para Mauá será a estadual."

A deputada concluiu que a declaração "infeliz" de que o PMDB poderia se aliar a Oswaldo tem cheiro "de barganha". "Isso é impossível. Não estaremos juntos ao PT em hipótese alguma". Bio classificou a situação como um mal-entendido. "Sequer cogitamos esta possibilidade."




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