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Diadema amplia segurança, mas ambulâncias seguem desativadas

Prefeitura destaca funcionário terceirizado para estacionamento no Centro, porém, unidades continuam abandonadas

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/01/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Dois dias depois de o Diário mostrar que três ambulâncias estavam abandonadas em terreno atrás do Poupatempo, a Prefeitura de Diadema reforçou a segurança no local, mas ainda não deu destino aos equipamentos avaliados em R$ 300 mil no total.

A equipe do Diário voltou ao estacionamento atrás do Poupatempo, na Rua Amélia Eugênia, no Centro. Um segurança de empresa terceirizada estava na guarita instalada na entrada, impedindo o ingresso de munícipes ao espaço. Placa com proibição de circulação também estava visível, cenário completamente diferente do encontrado na sexta-feira pela manhã.

Apesar da segurança, as três ambulâncias continuam encostadas naquele pátio, sem autorização do Ministério da Saúde. Na semana passada, a União confirmou que a Prefeitura encaminhou pedido de redirecionamento de uso das unidades, porém, o aval não foi dado porque havia “pendências no envio de documentos por parte do município”. “Assim que recebermos os documentos pendentes, a solicitação voltará a ser analisada”, informou a Pasta, à ocasião. A situação ainda não foi regularizada.

O governo do prefeito Lauro Michels disse apenas que a segurança era de empresa terceirizada anteriormente contratada para proteger equipamentos públicos de Saúde, auxiliando o trabalho da GCM (Guarda Civil Municipal) e da GCP (Guarda Civil Patrimonial). “Isso explica o motivo de haver segurança no local.”

As três ambulâncias estão em bom estado, embora algumas peças tenham sido arrancadas, como farol dianteiro de uma unidade. Eles estão trancados, estacionados ao lado de outros automóveis.

As viaturas são o modelo Renault Master, cujo preço de mercado varia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil. Os equipamentos adicionais de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) acoplados nos veículos estão avaliados em R$ 20 mil. Ou seja, somados os valores das três ambulâncias abandonadas com os utensílios internos, R$ 300 mil estão sem uso no espaço localizado na região central de Diadema.

Na semana passada, o governo Lauro informou que os carros “estão desativados em decorrência do tempo de uso e estão recolhidos no prédio do almoxarifado central da Saúde”. Não tinha detalhado o ano de fabricação ou quilometragem – também não revelou essas informações ontem.

A gestão informou que a Prefeitura tem à disposição 12 ambulâncias atendendo a cidade, número dentro da legislação que regra o assunto. Entretanto, há episódios de demanda não atendida. É o caso da auxiliar de limpeza Ildete Nogueira de Figueiredo, 50 anos, vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), há três anos. Ela chega a esperar até quatro horas por ambulância da Prefeitura de Diadema para cumprir seu tratamento médico no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. O Diário mostrou a história em maio. 




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