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Michels recorre à estadual para emplacar candidatura
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/08/2011 | 07:18
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Prestes a acertar sua ida ao PV, o vereador Lauro Michels (PSDB), de Diadema, cobrou publicamente a executiva estadual tucana para forçar a retirada da pré-candidatura do ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB) à Prefeitura. Michels, que não recebeu carta branca do PV para lançar seu nome no processo, não descartou brigar pelo Paço no PSDB.

Durante aniversário do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), quinta-feira, Michels conversou com o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido (PSDB). Questionou os motivos pelos quais a executiva aposta novamente em Zé Augusto, apesar do tucano contabilizar quatro derrotas consecutivas na corrida à administração de Diadema.

Aparecido se esquivou de polêmica. "Quero ver o PSDB unido em Diadema, e isso passa pela manutenção de Lauro e do Márcio (da Farmácia, que também cogita deixar o ninho tucano)", avaliou o secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Aparecido negou intervir em discussão local.

Para Michels, o nome de Zé Augusto não teria força suficiente para derrotar o prefeito Mário Reali (PT) no pleito de 2012. Na avaliação do parlamentar, a sucessão de quedas eleitorais do ex-deputado estadual é motivo suficiente para troca do candidato tucano na cidade. "Pelas pesquisas e forças eleitorais, há outros nomes que agregam mais do que o dele. Com o Zé, o PT ficará bem próximo de continuar no poder", opinou. Nos últimos 28 anos, o PT só deixou de governar Diadema entre 1997 e 2000, quando Gilson Menezes (PSB) bateu o próprio Zé Augusto, à época petista.

O diretório municipal descartou qualquer mudança no nome que encabeçará a chapa tucana. O presidente do PSDB de Diadema, vereador José Francisco Dourado, se disse surpreso com a movimentação de Michels e afirmou não acreditar que a executiva estadual interferirá nos debates locais. "Esse pedido do Lauro é desagradável ao partido."

RACHA

O clima no PSDB de Diadema esquentou na eleição de 2010, quando Zé Augusto não conseguiu renovar seu mandato na Assembleia Legislativa. Dirigentes acusam Michels e Márcio de fazerem campanha aberta a Morando, praticamente minando o projeto do tucano de Diadema.

Dourado afirmou que, à ocasião, havia acordo que caso Zé Augusto se mantesse como deputado, apoiaria o vereador na corrida eleitoral à Prefeitura em 2012. O pacto foi desfeito logo após o pleito.




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