O degelo progressivo dos vulcões Cotopaxi e Antisana em função do aquecimento global e do fenômeno meteorológico do El Niño afeta as reservas de água de Quito, capital do Equador, segundo especialistas citados pela imprensa local neste domingo.

A EMAAP-Q (Empresa Municipal de Água Potável de Quito), que monitora a geleira de Antisana junto com o IRD (Instituto para o Desenvolvimento), da França, afirma que o degelo deste vulcão e do Cotopaxi - um dos vulcões ativos mais altos do mundo - supõe o "desaparecimento da fonte mais importante de água de Quito".

Os quatro sistemas que distribuem água potável para a capital, de 2,5 milhões de habitantes, recebem parte dos degelos dos dois vulcões e o desaparecimento das geleiras seria muito grave para garantir o serviço", afirma ao jornal El Universo Edgar Ayabaca, da EMAAP-Q.

Com o objetivo de achar alternativas para o problema, a EMAAP-Q impulsiona há quatro anos a exploração de águas subterrâneas a mais de cem metros de profundidade na capital, habilitando até o momento quatro poços.