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Secretário nega risco de outro desabamento no Inamar

Enquanto isso, FPF contrata empresa para fazer laudo de engenharia e arquitetura do estádio

Dérek Bittencourt
11/11/2015 | 07:30
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Celso Luiz/DGABC


Anunciada ou não, a queda da arquibancada social e dos setores de imprensa e camarotes do Estádio do Inamar, ocorrida sábado e que feriu três operários da obra de expansão do local, não deve abrir precedentes para novos problemas. Apesar de outro setor, com capacidade para 3.435 torcedores, estar sendo erguido atrás de um dos gols da praça esportiva diademense, não há risco deste ter o mesmo destino desastroso do primeiro. Ao menos é o que garante o secretário de Esporte e Lazer do município, Antonio Marcos Ferreira da Silva, o Marquinhos.

Segundo ele, após liberado, o estádio passará por avaliação para evitar qualquer tipo de transtorno nas demais áreas que, assim como a que caiu, estão sendo construídas pela Direplan, empresa de Capivari responsável pela obra de ampliação e modernização.

“Nenhum risco (de outro acidente). E outra coisa: com o fato ocorrido, vão contratar um instituto para fazer análise desta arquibancada também, para dar um aval e tirar qualquer dúvida”, afirmou o secretário municipal, que disse desacreditar na possibilidade de ter havido alerta de que a obra estava para ruir, conforme consta no BO (Boletim de Ocorrência) lavrado após a tragédia. “Acredito no acaso. Não tem como precisar uma coisa dessas. Se pegar como regra, se ele estava prevendo que poderia vir a acontecer, por que não se manifestou na hora se é pessoa que estava envolvida? É acaso, aconteceu como em alguns estádios da Copa do Mundo”, disse.

DATA DEFINIDA
A FPF (Federação Paulista de Futebol) contratou a Arena para fazer laudo sobre o Estádio do Inamar. Baseado no estudo de engenharia e arquitetura que será apresentado pela empresa é que a entidade vai decidir sobre a participação do Água Santa na Série A-1 do Paulista. Como o laudo deve ficar pronto só na próxima semana, a federação adiou de hoje para o dia 19 o anúncio sobre a definição do acesso do clube.

O estádio passava por obra de ampliação porque o clube necessitava de local com capacidade para 10 mil torcedores para disputar a elite estadual – item obrigatório para concretizar a promoção do Netuno. O acidente ocorreu no setor chamado ‘social’, que era previsto para 1.238 pessoas e ainda abrigaria imprensa e autoridades.

Nesta quarta, às 18h, na Praça da Moça, torcedores e munícipes se reunirão para ato em prol do clube.

Engenheiro sobre alerta: ‘Conversa mole’

Engenheiro civil responsável da Direplan, empresa de Capivari contratada pelo Água Santa para realizar as obras de ampliação e modernização do Estádio do Inamar, Eduardo Battagin foi direto ao ser questionado pela equipe do Diário sobre o fato de um funcionário da obra ter supostamente alertado, no dia anterior à queda da arquibancada social e dos setores de imprensa e camarote, ou seja, na sexta-feira, que a obra “tinha dado sinais que poderia vir a ruir”, segundo consta no BO (Boletim de Ocorrência) lavrado horas após o acontecido.

“Isso é conversa mole”, bradou rapidamente Battagin. Ele preferiu não se alongar e solicitou que demais questionamentos deveriam ser efetuados por meio de e-mail, enviado durante a tarde, mas que não havia sido respondido até o fechamento desta edição.

Assim como o Diário divulgou na edição de ontem, Shilinei Silva Oliveira, que é empregado da Direplan e reside no local da obra do Estádio do Inamar, informalmente disse aos policiais que havia risco de queda da estrutura, esta, inclusive, informada a um engenheiro responsável. O funcionário também foi procurado pela equipe, mas não houve sucesso no contato.

Aliás, o boletim ainda informou que na noite de sexta-feira o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) recebera uma ligação através do 190 sobre suspeita de desabamento no mesmo local. DB




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