No primeiro evento do ministro da Educação, Fernando Haddad, ontem, em São Bernardo, como pré-candidato à prefeitura de São Paulo em 2012, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que a legenda precisa passar por renovação e fortalecer novas lideranças. E o ministro é a bola da vez no PT para assumir essa oxigenação da legenda na Capital.

Haddad, por sua vez, evitou polêmicas internas. Negou que o envolvimento do ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo Mário Moysés nas denúncias de corrupção no Ministério do Turismo possa atrapalhar a eventual candidatura da senadora Marta Suplicy (PT). "Não vejo nenhuma ligação. Ela já saiu há muito tempo (da Pasta)." Sobre a concorrência no PT, o ministro minimizou qualquer empecilho. "Marta tem total legitimidade, governou a cidade, participei da gestão. Ela tem todas as condições de pleitear o posto, assim como os demais."

Além de Haddad e de Marta, o também senador Eduardo Suplicy, além dos deputados federais Carlos Zaratinni e Jilmar Tatto estão no páreo para encabeçar a chapa petista. Segundo o ministro, Lula enfatizou que seria importante alargar horizontes de diálogo com outras camadas da sociedade com novidade no processo eleitoral. "Nos afastamos do nosso ideário, por isso Lula tem colocado estratégia de renovação."

Lula, por sua vez, salientou que o escolhido sairá fortalecido. Haddad discursou para a militância petista nesta semana na abertura dos 36 encontros zonais que acontecerão ao longo do ano. "Esses debates vão qualificando as pessoas. O Haddad tem todas as condições, se ganhar as prévias, de ser bom candidato a prefeito", disse o ex-presidente. Retomar a prefeitura de São Paulo é considerada peça fundamental para a sigla conquistar o governo do Estado em 2014.

O ministro revelou que o anfitrião do evento, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), tem participado efetivamente das articulações para fortalecê-lo na disputa. "Marinho tem ajudado no processo, foi meu colega de ministério e estamos fazendo grandes parcerias. Já estive na cidade em outras ocasiões e continuarei vindo", disse Haddad, sustentando que o prefeito pode contribuir com "experiência bem avaliada pelo Paço".

Marinho revelou sua opção na Capital paulista, sob argumento da tendência por novas lideranças. "Há tarefas para todo mundo. Vejo o Haddad como boa alternativa. Creio que está na hora de testá-lo nas urnas."