A medida provisória sobre os bingos foi editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma reação à exibição das fitas de vídeo que mostraram Diniz, então presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), negociando o recebimento de propinas com o empresário Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O empresário era proprietário de máquinas caça-níqueis no Estado do Rio de Janeiro.
A decisão do governo provocou o fechamento das casas de jogos e serviu como argumento para não serem instaladas na Câmara e no Senado as Comissões Parlamentares de Inquérito reivindicadas pela oposição. O governo chegou a fechar o grupo de trabalho integrado por diversos ministérios e que pretendia estabelecer novas regras para a atividade, assegurando a arrecadação de recursos para o financiamento das atividades esportivas no país.
O acordo prevê a formação de uma comissão mista de senadores e deputados que discutirá toda a legislação sobre as casas de jogos. "Será feito o estudo de todos os projetos que estão em discussão no Congresso, mas não há nenhuma possibilidade de retomar a atividade com bingos no país", assegurou a líder.
O Senado depende dessa votação e da aprovação de uma outra medida provisória que trata da Agência Nacional das Águas (ANA) para destrancar a pauta e assim poder votar outros projetos. É o caso do projeto de resolução do Senado que autoriza a União a avalizar um empréstimo internacional para a prefeitura de São Paulo de US$ 100 milhões.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), chegou a pedir na semana passada que os líderes articulem um esforço concentrado para votar todos os outros projetos que estão na pauta do plenário. A base aliada quer agilizar a votação de dois projetos que alteram as regras sobre o processo de falências no país e que estão tramitando nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ), informou Ideli.
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