O Psol de Santo André elegeu o ex-vereador Ricardo Alvarez ao comando da executiva municipal para o próximo biênio e estabeleceu como meta projeto de candidatura própria na eleição de 2016, além de formar chapa proporcional ‘mais robusta’, diferentemente do pleito de 2012 – apenas dois nomes postularam a vereança. O novo dirigente vai assumir o posto a partir do dia 13, quando se finalizará ata da convenção local, com o início da discussão do plano. A comissão tenta resgatar antigo sonho ao Executivo e lançar o sociólogo Bruno Daniel Filho, irmão mais novo do prefeito petista Celso Daniel, morto em 2002.

Filiado ao Psol desde 2011, Bruno Daniel teria ‘unanimidade de votos’ para encabeçar a chapa majoritária, entretanto, o professor reluta internamente à empreitada – correligionários consideram que dificilmente ele ceda ao movimento em torno de seu nome. “Existe resistência por parte dele, mas haverá pressão. Ele tem reiterado que não quer fazer parte desta disputa”, alegou Alvarez, que retorna à presidência da legenda após ficar dois mandatos na direção (2007-2011), sendo substituído por Marcelo Reina, prefeiturável da sigla no último páreo municipal.

Reina acrescentou que Bruno resiste a entrar no pleito por “questões pessoais”. No dia 13, o sociólogo deve se colocar pela primeira vez sobre o tema. “Ele pode pedir um tempo nesta data ou refutar logo de início. Caso esse cenário de negativa se confirme, vamos reestruturar nossa ideia e pensaremos em plano B e C”, disse ele, que não integrará a nova executiva. O ex-prefeiturável admitiu chance de disputar uma cadeira na Câmara. “É uma das possibilidades dentro do panorama principal”. Neste contexto, Alvarez concorreria a vaga legislativa ou seria vice na dobrada. “Não está no meu horizonte”, ponderou o ex-vereador petista.

O Psol foi criado em 2005. Em 2008, lançou Alvarez ao Paço. No pleito seguinte foi a vez de Reina. Em nenhuma oportunidade conquistou coeficiente para garantir espaço na Casa. Os filiados consideram que Bruno, de família tradicional, tem perfil adequado para pleitear o cargo – intenção de capitalizar votos de Celso, três vezes chefe do Executivo, e atingir o eleitorado de esquerda – e reforçaria o time de candidatos a vereador. Embora haja desejo interno, a hipótese foi cogitada também em 2012 e não se concretizou. Chegou a ser cotado como quadro a deputado ainda em 2014. Na ocasião, ele afirmou que estava “fora de cogitação”.