O próprio presidente russo, Vladimir Putin, demonstrou a Robertson sua preocupação com a ampliação da Otan e com os diversos projetos de defesa antimísseis dos Estados Unidos.
Robertson chegou em Moscou nesta segunda-feira, em visita destinada a tranqüilizar a Rússia em relação às conseqüências da ampliação da Otan para o Leste, e também para discutir o projeto de escudo antimísseis NMD.
A Rússia se opõe ao sistema americano, que, segundo Moscou, ameaça sua segurança estratégica. Já Washington afirma que o projeto tem o objetivo de proteger seu território de possíveis ataques comandados por países como Irã e Coréia do Norte. Aos olhos de Moscou, o plano americano também ameaça a segurança da China.
O sistema russo prevê várias etapas, explicou o chefe do departamento de cooperação internacional do Ministério da Defesa, general Leonid Ivashov, que participou da reunião de Robertson com o marechal Sergueiev. ‘‘Uma primeira etapa consistiria em convocar uma conferência de especialistas qualificados, para avaliar se existe o perigo de que Estados europeus sejam ameaçados por ataques não-estratégicos’’, declarou Ivashov.
Se os especialistas determinarem que a ameaça existe ou pode vir a existir, passaria para uma segunda fase.
Na segunda etapa, seriam concebidos ‘‘os conceitos para resistir a essas ameaças, ou neutralizá-las através de meios políticos ou outros meios pacíficos’’, explicou o general russo. Em seguida, e apenas se necessário, seria proposto os elementos de um sistema de defesa antimísseis.
‘‘Esses elementos seriam móveis e situados nas regiões mais ameaçadas por um ataque de mísseis, a fim de proteger os locais mais importantes’’, assinalou o ministro, afirmando que o sistema difere radicalmente do planejado por Washington.
Sergueiev propôs a Robertson enviar à sede da Otan, em Bruxelas, especialistas russos, que poderão explicar e responder às perguntas da aliança atlântica sobre a proposta russa.
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